Dólar subiu equivalente a R$ 1 desde aprovação do arcabouço fiscal
O dólar fechou a última terça-feira (29) a R$ 5,76 — exatamente R$ 1 supra dos R$ 4,76 cotados no dia da aprovação do busto fiscal pelo Senado Federalista, em 21 de junho de 2023. Para especialistas consultados pela CNN, o movimento reflete, entre outros fatores, incertezas que rondam a regra.
O Senado naquele momento deu os contornos finais ao busto e devolveu o projeto de lei complementar à Câmara. A Vivenda baixa aprovou e o Planalto sancionou a norma no final de agosto de 2023, quando o dólar rondava os R$ 4,90.
De lá para cá, o governo enfrenta obstáculos para satisfazer as metas de resultado primitivo fixados — e chegou até a alterá-las para anos a partir de 2025. O busto fiscal traz regras de prolongamento de despesa, mas a teoria é de que os superávits pudessem “antecipar” a estabilização da dívida pública.
Uma série de fatores externos e domésticos impactam a subida da moeda americana frente ao real. Para o economista e profissional em contas públicas Murilo Viana, as dificuldades do governo em viabilizar as metas de primitivo — com um esforço sobretudo sobre a arrecadação até cá — é uma delas.
“Embora as metas sejam cumpridas formalmente, o governo apresenta dificuldades para conduzi-las no médio prazo. A dívida pública segue crescendo, e levante é um dos fatores que enfraquece a moeda brasileira em relação ao dólar”, indica.
Uma vez que agravante, o economista menciona incertezas sobre a revisão de gastos prometida há meses pela equipe econômica. Fala do ministro Fernando Haddad, da Herdade, sobre a gestão federalista não ter data ou projeção de economia a ser divulgada para o golpe de despesas contribuiu para a subida 1% do dólar na última sessão.
Na terça-feira, o dólar fechou no maior patamar desde 2021. A subida é conferida em partes também ao envolvente extrínseco. Economistas apontam as eleições americanas, que acontecem no próximo dia 5, porquê um dos focos de temor a impactar negativamente as economias emergentes.
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