Extrema direita austríaca tenta articular formação de governo
O Partido da Liberdade (FPO), de extrema direita, da Áustria, deve nesta segunda-feira (30) procurar terebrar caminho para o poder, depois da sua primeira vitória nas eleições parlamentares ter deixado o grupo antiestablishment dependente de um parceiro para formar uma coligação governamental.
O triunfo do FPO, eurocéptico e companheiro da Rússia, no domingo (29), foi outro marco na recente subida da extrema direita europeia. Mas o partido sofreu imediatamente um duro choque de verdade.
Enfrentando o líder do partido FPO, Herbert Kickl, num estúdio de televisão depois a divulgação dos resultados, os líderes dos outros partidos no parlamento rejeitaram as suas propostas de formação de uma coligação.
O FPO terminou murado de 2,5 pontos percentuais adiante do conservador Partido Popular (OVP) do chanceler Karl Nehammer, obtendo murado de 29% dos votos – o seu melhor resultado de sua história – e Kickl acusou os seus rivais de se oporem à vontade do povo.
“Amanhã haverá uma segunda-feira azul e logo começaremos a transformar esses 29% numa verdade política neste país”, disse Kickl aos seus apoiantes no domingo à noite, brincando com o indumentária de o azul ser a cor associada ao seu partido.
Kickl, uma figura provocadora e polarizadora aliada do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ofereceu-se para negociar com todos os outros partidos na Áustria. A vitória inesperadamente clara do FPO corre o risco de ser vazia se não conseguir encontrar um parceiro.
O presidente Alexander Van der Bellen, um macróbio líder dos Verdes que supervisiona a formação do próximo governo, instou todas as partes a manterem negociações e sugeriu que o processo poderia ser prolongado.
A vitória de Kickl animou os partidos de extrema direita em toda a Europa, onde a extrema direita obteve ganhos em países porquê os Países Baixos, França e Alemanha. Esse escora crescente poderá nutrir o risco de divisões dentro da União Europeia em áreas políticas fundamentais porquê a resguardo da Ucrânia contra a Rússia.
No entanto, essas vitórias não foram garantia de poder para a extrema direita, estando outros partidos ansiosos por negá-las.
A Reunião Vernáculo de extrema direita francesa venceu a primeira volta das eleições em junho, mas ficou frustrada quando os partidos mais moderados retiraram candidatos na segunda volta, ajudando a esquerda a invadir o maior número de assentos. No final, a esquerda também perdeu quando o Presidente Emmanuel Macron nomeou um primeiro-ministro de núcleo direita.
Nos Países Baixos, o patriótico Geert Wilders teve de desistir das suas esperanças de ser primeiro-ministro depois de ter ficado em primeiro lugar nas eleições, quando os rivais se recusaram a concordar um governo liderado por ele.
O caminho de Orbán
Kickl diz que quer ser um “Volkskanzler”, um termo que os nazistas usaram para escolher Adolf Hitler, embora outros também o tenham afirmado.
Kickl, de 55 anos, abraçou teorias da conspiração, alegando que o agente desparasitante ivermectina é eficiente contra o Covid-19, assim porquê o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele se opõe à ajuda à Ucrânia e quer a retirada das sanções contra a Rússia, argumentando que elas prejudicam mais a Áustria do que Moscou.
Os defensores dizem que as políticas “Áustria Primeiro” do FPO irão reduzir a imigração ilícito e impulsionar a economia. Os críticos temem que isso possa anunciar um Estado mais dominador.
Uma vitória do FPO significava que o horizonte da Áustria enquanto democracia estava agora em jogo, disse Irene Rubik, uma funcionária pública reformada de 69 anos e eleitora dos Verdes, expressando a sua preocupação pelo indumentária de o país percorrer o risco de “orbanização”, apontando para a situação da Hungria, de Viktor Orbán.
Fundada na dezena de 1950 sob a liderança de um ex-legislador nazista, a FPO tem trabalhado para moderar a sua imagem. Os eleitores foram atraídos pelas suas promessas de restringir o asilo e combater a inflação, embora a sua relação a Kickl pareça limitada.
Exclusivamente 2% dos eleitores do FPO disseram que ele foi o principal motivo do seu voto, o valor mais inferior de qualquer líder partidário, mostrou uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Foresight.
O OVP é o único partido que sinalizou sinceridade para formar uma coligação com o FPO – mas Nehammer descartou a possibilidade de entrar no governo com Kickl. O político repetiu isso no domingo e não havia indicação de que Kickl se afastaria.
Se Kickl não conseguir formar uma coligação, poderá terebrar a porta a alguma forma de relação envolvendo o OVP e os sociais-democratas de centro-esquerda, os dois partidos que dominaram a história política da Áustria no pós-guerra.
A estável caracterização de Kickl porquê uma prenúncio e a recusa de outros partidos em trabalhar com ele arriscaram substanciar a sua posição porquê um estranho, disse o comentador político Thomas Hofer.
“Porque está simples que Herbert Kickl só vê isto porquê uma confirmação da sua narrativa antissistema, da sua narrativa antiestablishment”, disse Hofer.