Bombas fabricadas nos EUA teriam sido usadas em ataque contra Nasrallah, indica análise da CNN
Bombas de tapume de 900 quilos fabricadas nos Estados Unidos provavelmente foram usadas no ataque israelense que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute na noite de sexta-feira (27), de concórdia com uma estudo de imagens feita pela CNN e especialistas em munições.
Um vídeo publicado pelos militares israelenses no sábado (28) mostrou jatos que teriam sido usados para realizar o ataque carregando pelo menos 15 bombas de tapume de 907 quilos, incluindo a BLU-109, fabricada nos EUA, segundo Trevor Ball, ex-técnico sênior de artilharia explosiva do Tropa dos EUA, que analisou as imagens para a CNN.
As bombas, conhecidas porquê “destruidoras de bunkers” por sua capacidade de penetrarem no solo antes de explodirem, também foram equipadas com Joint Direct Attack Munition (JDAM), de fabricação americana.
Esse é um kit de orientação que converte bombas não guiadas em munições “inteligentes” que podem atingir um objectivo com precisão, também conforme informações de Ball.
Em um avião equipado com bombas, retratado decolando no vídeo, Ball identificou pelo menos quatro BLU-109 com kits JDAM.
Outros tipos de bombas grandes podem ter sido usadas na operação, acrescentou Ball, mas unicamente as BLU-109 eram visíveis nas imagens.
As munições têm 242 quilos de explosivos, menos que as MK84, outro tipo de explosivo de 900 quilos frequentemente usada pelos militares israelenses. “As BLU-109 são mais leves em explosivos e apresentam maior precisão contra alvos do que uma MK84”, comentou o perito.
Vídeos e imagens que a CNN localizou geograficamente porquê sendo o lugar onde aconteceu o ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, publicado porquê Dahiyeh, mostram um buraco, ladeado por destroços de edifícios.
Uma estudo da CNN com vídeo e imagens de satélite confirmou que quatro prédios de apartamentos de vários andares foram destruídos.
Duas autoridades da Resguardo israelense disseram ao New York Times que 80 bombas foram usadas no ataque contra Nasrallah. Ball destacou à CNN que esse número era plausível, mas que era difícil declarar unicamente com base nas imagens disponíveis da cratera.
“É verosímil que houvesse mais crateras semelhantes. Também não se sabe quão profundas ou extensas eram as instalações subterrâneas. Isso torna extremamente difícil prezar com exatidão o número de munições usadas”, pontuou.
Justin Bronk, pesquisador sênior de poder e tecnologia aérea do Royal United Services Institute, em Londres, que também analisou imagens para a CNN, afirmou que os aviões da Força Aérea Israelense carregavam kits de orientação JDAM.
Ele também pontuou que o buraco causado pelo ataque condizia com o uso de bombas BLU-109 de 900 quilos.
“[A bomba] se encaixa no perfil de ataque e nas configurações necessárias para produzir esse tipo de buraco”. Ele acrescentou que a combinação da explosivo BLU-109 e do kit JDAM era “o que se esperaria na procura de um objectivo porquê esse”.
Meta no subsolo
Os militares de Israel não divulgaram imagens mostrando o momento em que lançaram as bombas, mas vídeos que circularam nas redes sociais na sexta mostraram enormes explosões em Dahiyeh, onde foi realizado o ataque à sede subterrânea onde estaria Nasrallah.
Bronk disse à CNN que as várias nuvens de fumaça vistas em um dos vídeos iam de concórdia com os múltiplos impactos quase simultâneos de bombas de 900 quilos, que têm configurações de explosão no subsolo.
Em fala a repórteres no sábado (28), brigadeiro-general Amichai Levin, comandante da base aérea israelense de Hatzerim, afirmou que “dezenas de munições atingiram o objectivo em segundos com altíssima precisão”, complementando que isso era o “necessário para atingir levante subsolo”.
Utilização das bombas em Gaza e ruína
Os militares israelenses têm usado, diversas vezes, bombas de 900 quilos durante o conflito na Tira de Gaza. Especialistas em armas e em guerra culpam o uso extensivo de munições tão pesadas pelo enorme número de mortos.
A utilização de bombas dessas bombas, que são majoritariamente fabricadas pelos EUA, pode promover um proeminente número de vítimas devido à graduação do seu impacto.
O relâmpago de explosão da arma, ou relâmpago de fragmentação mortífero – extensão de exposição a ferimentos ou morte em torno do objectivo – é de até 365 metros, ou o equivalente a 58 campos de futebol.
Em maio, o governo do presidente americano, Joe Biden, disse que suspendeu o envio de bombas para Israel devido a preocupações quanto ao seu potencial uso na irrupção de Rafah e ao risco de danos a civis.
Ataques no Líbano
Os ataques de Israel no Líbano continuaram em ritmo apressurado durante o último término de semana, matando mais de 100 pessoas e ferindo mais de 350 outras no país no domingo (29).
Os militares israelenses disseram que estavam atacando o Hezbollah, inclusive em ataques contra aproximadamente 45 alvos perto de uma vila no sul do Líbano.
Pelo menos 12 locais em Beirute foram atingidos entre sexta e a manhã desta segunda-feira (30), de concórdia com a estudo da CNN.
Um ataque destruiu um marchar de um prédio de apartamentos próximo do interceptação da cidade de Cola, um importante meio de transportes no meio de Beirute, marcando a primeira vez que, em quase um ano de conflito, um lugar dentro dos limites da capital foi atingido.
Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Outrossim, uma irrupção terrestre não foi descartada.
O superintendente do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque airado israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques em seguida o início da guerra na Tira de Gaza. O grupo libanês é coligado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do setentrião de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores porquê um objetivo solene de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o término das hostilidades. O governo brasiliano também avalia uma verosímil missão de resgate.
Benjamin Brown e Avery Schmitz, da CNN, contribuíram com esta material.
Quem é Ismail Haniyeh, líder político do Hamas morto no Irã