
Além de fumar: veja hábitos que trazem risco de desenvolver câncer de pulmão
Quando se fala em cancro de pulmão, o cigarro é, sem incerteza, o primeiro fator de risco que vem à mente. No entanto, existem outras causas que, embora menos conhecidas, também podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da doença.
Mesmo quem nunca fumou pode estar exposto a fatores de risco que aumentam a verosimilhança de desenvolver o cancro de pulmão. O tumor, que é o mais prevalente globalmente, afeta tanto homens quanto mulheres e, no Brasil, figura entre os mais comuns.
Embora o tabagismo seja responsável por murado de 85% dos casos, os outros 15% englobam diferentes fatores ambientais, genéticos e ocupacionais. Entre eles, a exposição a poluentes e toxinas presentes em ambientes de trabalho específicos ou no cotidiano urbano.
Esses elementos também representam uma ameaço significativa, principalmente quando combinados com outros hábitos prejudiciais ou condições de saúde preexistentes.
Exposição a poluentes e toxinas
Gustavo Fernandes, oncologista e diretor-geral da Dasa Oncologia, ressalta que o cancro de pulmão, independente do tipo, é resultado de um desenvolvimento celular desordenado nos pulmões, formando tumores malignos.
“Além do tabagismo, a exposição à poluição urbana e gases tóxicos pode aumentar os riscos, assim porquê o contato com metais pesados e elementos radioativos, comuns em determinados ambientes de trabalho”, explica.
Ele acrescenta que fumantes passivos, ou seja, aqueles que convivem com pessoas que fumam, também estão vulneráveis à doença. “Essa exposição indireta também representa um transe significativo”, enfatiza.
A exposição contínua a agentes porquê o radônio, asbesto, arsênio e sílica também pode ser um gatilho. Luiz Henrique Araujo, diretor de oncologia dos hospitais São Lucas Copacabana e CHN, no Rio de Janeiro, reforça a seriedade da situação.
“Pessoas que trabalham em setores porquê construção social, fundição de metais e mineração, onde há contato frequente com esses elementos, têm um risco aumentado de desenvolver cancro de pulmão”, afirma.
Ou por outra, a predisposição genética e a ocorrência de infecções pulmonares frequentes também são fatores de risco.
Sintomas e diagnóstico tardio
O cancro de pulmão é espargido por ser uma doença silenciosa em seus estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Segundo Flávio Ferlin Arbex, pneumologista e professor da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federalista de São Paulo (EPM-Unifesp), “os sintomas, porquê tosse persistente, dor no peito e falta de ar, costumam surgir exclusivamente quando o cancro já está avançado.”
Ele ressalta que a realização de tomografia de baixa ração, indicada principalmente para fumantes com histórico prolongado, pode ser importante para detectar a doença precocemente.
Araujo destaca que, no Brasil, o cancro de pulmão ocupa a terceira posição entre os mais comuns em homens e a quarta em mulheres.
“Apesar da prevalência, a doença ainda é subdiagnosticada, o que se reflete na subida taxa de mortalidade. O rastreamento em populações de risco pode ser a chave para reduzir esses números”, diz.
Arbex acrescenta que, mesmo décadas em seguida ceder o hábito, ex-fumantes ainda carregam um risco saliente de desenvolver a doença.
Evolução no tratamento
Com base em estudos genômicos, Fernandes destaca a evolução no tratamento do cancro de pulmão, que inclui a personalização das terapias. “Esses avanços têm permitido um controle mais eficiente da doença e até aumentado as chances de trato em alguns casos”, aponta.
No entanto, o técnico reforça que, para além dos tratamentos, a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas contra o cancro de pulmão.
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