Ex-diretora da Americanas se entrega a autoridades portuguesas

A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, que chegou a ter a prisão preventiva decretada, se entregou em Lisboa neste domingo (30).
A previsão é que ela embarque para o Brasil por volta de meia-noite, pelo horário lugar, e desembarque em Guarulhos no início da manhã desta segunda-feira (1º).

A ex-executiva deverá portanto entregar seu passaporte à Polícia Federalista e poderá ir para lar para esperar os próximos passos da investigação.
A revisão do pedido de prisão contra Saicali foi do juiz Márcio Muniz da Silva Roble, da 10ª Vara Federalista Criminal, do Rio de Janeiro, que substituiu a ordem de detenção preventiva por uma medida cautelar depois a resguardo dela informar que a ex-diretora se comprometia em retornar ao Brasil
.

Saicali estava em Portugal desde o último dia 15. A resguardo informou à Justiça que ela tinha um voo marcado para o Brasil em 5 de julho.
A suplente foi realizada em 26 de junho, dia seguinte à decretação da prisão preventiva da ex-diretora da Americanas, sem que os advogados da empresária explicassem a mudança na data do retorno ao Brasil, inicialmente previsto para o próprio dia 26.

Ela entrou na varejista em 1997 uma vez que diretora responsável pelas áreas de gente e tecnologia.
Em 2004, foi competência à diretora presidente da B2W Do dedo, resultado da incorporação da Submarino.com. Em 2018, se tornou presidente do Juízo de Governo ao mesmo tempo que estava primeiro da Ame Do dedo, a carteira do dedo da varejista. Ela também fundou e foi CEO da AME, a plataforma fintech da Americanas, de 2021 a 2023.
Saicali foi afastada de suas funções em 3 de fevereiro do ano pretérito, mês seguinte à divulgação do rombo bilionário da empresa pelo portanto CEO Sérgio Rial.

Um enviado ao mercado emitido em 13 de junho de 2023 pela Americanas afirmava que um relatório feito pelo setor jurídico apontava fraude nas inconsistências contábeis apontadas por Rial. “Os documentos analisados indicam que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas”
, informava o documento entregue à Percentagem de Valores Mobiliários (CVM).

O mesmo enviado indicava textualmente a participação de Miguel Gutierrez e Anna Saicali no esquema.
Gutierrez negou as acusações. No dia em que seria ouvida na Percentagem Parlamentar de Interrogatório (CPI) da Câmara dos Deputados
, ocasião para investigar o rombo na Americanas, Anna se valeu de um habeas corpus para permanecer em silêncio.

Segundo denúncia do Ministério Público Federalista do Rio apresentada à Justiça, os dois ex-executivos teriam praticado fraudes contábeis, supostamente antecipando o pagamento a fornecedores por meio de empréstimos bancários, o que é divulgado no mercado uma vez que operações de risco sacado. A denúncia indica ainda indícios de uso de informação privilegiada, associação criminosa, lavagem de numerário e prática de violação de manipulação de mercado.

No sábado (29), os advogados do ex-CEO reforçaram que ele “nunca participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”
.

“Diante do entrada aos autos, Miguel agora poderá trenar sua resguardo frente às alegações originadas por delações mentirosas em relação a ele”
, afirmaram os defensores do executivo.

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