300 múmias são encontradas em tumbas de 900 anos no Egito

Um grupo de cientistas descobriu um cemitério com tumbas de mais de 300 famílias no Egito. Estima-se que há 4,5 milénio anos, o sítio era uma importante cidade e meio mercantil.

O cemitério recebeu o sobrenome de Cidade Fantasma. Está localizado em Assuã, província sobre 950 quilômetros de Cairo.

Foram encontradas 36 tumbas, cada uma dela com murado de 35 múmias. Os espaços foram reutilizados por mais de 900 anos, e continha famílias completas.

Cidade de Assuã

A cidade de Assuã foi uma das mais importantes do Egito Macróbio. Ao leste do rio Nilo, era importante meio mercantil e fornecia pedras para alguns dos principais monumentos egípcios.

Muito localizada, também serviu de posto militar para os britânicos, turcos e romanos em invasões e conquistas.

O nome “Assuã”, inclusive, significa “mercado”. Uma vez que explicou a arqueóloga Patrícia Piacentini: “Aswan foi um ponto de passagem desde sempre. As pessoas vinham do leste para o oeste. As pessoas vinham para cá porque era a fronteira, os produtos do sul chegavam a Aswan e depois dispersavam-se por todo o lado.”

Detalhes sobre cidade fantasma

À prensa da Inglaterra, a arqueóloga Patrícia Piacentini, da Universidade de Milão, revelou alguns dados sobre a Cidade Fantasma. A necrópole egípcia tem mais de 82.200 metros quadrados e tem 10 terraços de tumbas em camadas.

“Esta foi uma invenção realmente espetacular, única no Egito. As pessoas que viveram em Aswan cobriram a colina com tumbas. É uma espécie de Cidade dos Mortos”, disse a estudiosa ao Daily Mail.

Diversas pessoas coabitaram a região, inclusive egípcios, persas, gregos e romanos. A escavação detalhou práticas funerárias e organizações sociais da cidade. Por exemplo: quando mais inferior na serra estivessem enterradas, menor era a classe social das pessoas.

Nos nove séculos de uso, a ingressão das tumbas variava bastante. Algumas tinham pátios com paredes de tijolo, outras são somente escavações.

Detalhes sobre as múmias

Alguns detalhes impressionantes foram descobertos durante as escavações. Por exemplo, de 30 a 40% das múmias eram de bebês e jovens, e famílias enterradas juntas foram vítimas de doenças contagiosas.

“Encontramos dois ou três desses pequenos grupos que podem ter morrido de doenças infecciosas. Também foram encontradas nos túmulos oferendas, porquê cerâmica, objetos de madeira e muito mais”.

Mães e bebes foram, também, enterrados juntos, mostrando a relevância da conexão social. Entendem-se, logo, dados sobre mortalidade infantil e sociedade familiar. As múmias serão armazenadas e estudadas.

Mais de 300 tumbas foram encontradas no Egito Reprodução / Faculdade de Milão

Mais de 300 tumbas foram encontradas no Egito Reprodução / Faculdade de Milão

Mais de 300 tumbas foram encontradas no Egito Reprodução / Faculdade de Milão