
ocupação na agricultura diminuiu 3,5% em comparação anual
População ocupada na lavra apresentou redução na verificação anual.
O setor da lavra reduziu o número de contratações no último ano, segundo dados da Pesquisa Vernáculo por Modelo de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30).
Segundo o levantamento, a ocupação no campo da lavra (que engloba pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura) se manteve seguro na verificação frente ao trimestre anterior (0.2%), mas recuou na presença de o mesmo período do ano pretérito (-3,5%).
De convénio com Denis Medina, economista e professor na Instalação de Pedestal às Ciências: Humanas, Exatas e Naturais (FAC – USP), isso pode ser explicado pela mecanização do campo.
“Quanto mais tecnologia no campo, mais profissionais especializados fazem os serviços de mais pessoas. Com a mecanização da lavra, ou seja, mais máquinas agrícolas trabalhando, demandam menos pessoas no serviço braçal”, explica.
O economista explica, ainda, que a mecanização do setor agrícola indica a premência de qualificação para aqueles que pretendem continuar o trabalho na extensão. “Quem está ficando no campo precisa se qualificar mais e deixar de fazer trabalhos braçais para passar a serem operadores de máquinas”, diz.
Ele cita o Relatório sobre o Porvir dos Empregos 2023, do Fórum Econômico Mundial, que aponta a operação de máquinas na lavra uma vez que uma das profissões de incremento mais rápido nos próximos cinco anos.
Segundo o relatório, o investimento na transição verdejante e na mitigação de mudanças climáticas são fatores que favorecem as funções relacionadas ao controle de máquinas na lavra.
“Espera-se que os empregos para profissionais agrícolas, principalmente operadores de equipamentos agrícolas, niveladores e separadores, tenham um aumento de 15% a 30%, resultando em mais 4 milhões de empregos”, diz o relatório.
“As fazendas deixam de ser uma simples produção e passam a ser quase uma indústria do agro”, diz Medina.
Cinco setores demonstraram incremento na verificação anual
Por outro lado, os seguintes setores demonstraram incremento na taxa de ocupação em relação ao mesmo período do último ano:
- Construção (3%)
- Transporte, armazenagem e correio (6%)
- Informação e Informação (5.5%)
- Gestão pública, saúde e instrução (3.2%)
- Serviços domésticos (3.5%)
Segundo Medina, esse incremento pode estar relacionado à transmigração dos trabalhadores na lavra, uma vez que não houve um aumento significativo no índice de ocupação da população.
Especificamente no ramo da construção social, o eum fator favorável para esse aumento na ocupação é a queda na taxa de juros. “Boa segmento da construção social, quase toda ela, é através de financiamento imobiliário. Com a queda na taxa de juros, isso melhora a percentagem de venda de imóveis, o que aquece o setor e faz com que ele contrate mais”, explica Medina.
Os outros setores sofrem a mesma influência do incremento ecônomico, diz Medina. “A gente tá vendo um incremento econômico desde depois de a pandemia. (…) Esse ano, também, tem uma prévia do incremento PIB através do Banco Meão, que mostra que, possivelmente, tenha um incremento econômico supra de 2% esse ano”, explica.
“Esse aumento na quantidade de pessoas ocupadas, aumento na produtividade através do incremento econômico no PIB gera serviço em vários setores, alguns dos setores que mais empregam são justamente esses”, explica o economista.
Taxa de desocupação no Brasil fica em 7,9% no trimestre encerrado em março
Segundo a Pnad Cotínua, a taxa de desocupação no país ficou em 7,9% no trimestre encerrado em março,
o menor índice registrado em uma dez.
Apesar do recorde, ainda houve uma subida de 0,5% na verificação com o trimestre anterior, encerrado em dezembro do ano pretérito. Ainda assim, a taxa divulgada hoje está aquém dos 8,8% registrados no mesmo período do ano pretérito.
O IBGE atribui o incremento na taxa de desocupação ao aumento no número de pessoas que buscam por serviço. Esse grupo, chamado “população desocupada” e que influencia o operação da desocupação em todo o país, cresceu 6,7% em relação ao último trimestre de 2023.
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