E se Biden jogar a toalha?

Andrew Caballero-Reynolds

Joe Biden durante o debate contra Donald Trump, em Atlanta, 27 de junho de 2024

ANDREW CABALLERO-REYNOLDS

O desempenho desastroso de Joe Biden frente a Donald Trump na quinta-feira (27) alimentou especulações sobre a possibilidade de o presidente democrata de 81 anos, que se apresenta porquê candidato às eleições em novembro, desistir da disputa.

Oriente cenário, atualmente muito improvável, lançaria os Estados Unidos em um período de grande incerteza.

– Por quê? –

Joe Biden, o presidente americano mais velho em manobra, perdeu uma oportunidade única para tranquilizar milhões de eleitores sobre sua exigência física e de saúde durante o primeiro debate da campanha.

No palco, o líder democrata frequentemente parecia confuso, deixando frases incompletas e se atrapalhando. Logo posteriormente o programa, vários democratas anônimos pediram em entrevistas que ele renunciasse.

“Ele teve uma noite muito ruim ontem. A questão agora é se isso o desqualificará para os próximos quatro anos”, disse nesta sexta-feira a senadora democrata Jeanne Shaheen. “Isso terá que ser determinado”.

Biden frequentemente repete que é o candidato mais capaz de derrotar Donald Trump, apesar das pesquisas mostrarem que sua idade desencoraja os eleitores.

“Já não ando com tanta facilidade porquê antes, não falo com tanta fluidez porquê antes, não debato tão muito porquê antes”, mas “posso fazer leste trabalho”, disse Biden em um comício na Carolina do Setentrião.

O líder recebeu um potente suporte de Barack Obama, que ainda é uma das vozes mais respeitadas do Partido Democrata. “Noites de debates ruins acontecem”, disse ele.

– Porquê? –

Se Biden decidisse desistir, o processo para substituí-lo seria um pouco técnico. O presidente já foi nomeado candidato presidencial democrata em uma série de primárias realizadas entre janeiro e junho.

Portanto, teoricamente, ele deverá ser oficializado na convenção do partido em Chicago.

Se Biden abandonasse a corrida antes desta convenção, prevista para meados de agosto, a termo final caberia aos delegados do partido, 3.900 pessoas com perfis muito variados. A maioria delas é desconhecida do público.

Seria portanto uma “convenção onde tudo é permitido”, já que cada lado tentaria promover seu candidato, prevê Elaine Kamarck, pesquisadora do Brookings Institute, em uma nota recente.

Um cenário mais ou menos similar ocorreu para os democratas em 31 de março de 1968, quando o presidente Lyndon B. Johnson anunciou publicamente que não buscaria um segundo procuração durante a guerra do Vietnã.

E se Biden desistisse entre a convenção e as eleições? O “comitê vernáculo” do partido realizaria uma sessão extraordinária para nomear o candidato.

– Quem? –

Biden designou a vice-presidente Kamala Harris para fazer campanha com ele, mas não há nenhuma regra que determine que o companheiro de placa substitua maquinalmente o titular.

Na quinta-feira, Harris reconheceu que Joe Biden foi “lento no primórdio”, mas “terminou potente”.

Em nenhum momento ela mencionou a possibilidade de substituí-lo.

Harris, a primeira mulher e primeira vice-presidente afro-americana, poderia ter rivais entre a novidade geração do partido.

Porquê o governador da Califórnia, Gavin Newsom, que tem suporte entre os democratas. Mas Newsom considerou que estas “conversas” “não são boas” para a democracia.

Também são cogitados os nomes da governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, e do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro.

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