Aliados de Tarcísio minimizam impacto de fala sobre “salve” do PCC
Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freiras (Republicanos), minimizam impactos do glosa sobre uma suposta orientação da organização criminosa PCC para o voto em Guilherme Boulos (PSOL).
O oração de Tarcísio levou a campanha de Boulos a tomar medidas judiciais. O PT e partidos progressistas também se manifestaram contra a fala do governador.
Para auxiliares de Tarcísio, apesar da asserção ocorrer em pleno dia de votação, não houve qualquer impacto eleitoral, já que a diferença no resultado foi ampla.
Tarcísio falou sobre a suposta orientação do PCC durante uma coletiva com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Nunes foi reeleito com 59,35% dos votos válidos contra 40,65% de Boulos.
Sob suplente, integrantes do governo paulista dizem que a decisão de vulgarizar essas informações partiu do próprio governador. Interlocutores afirmam que o governador tem elementos para esclarecer o que disse durante a apuração da Justiça Eleitoral.
Na coletiva a jornalistas, o governador afirmou que “ houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios por secção de uma partido criminosa, orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos”.
Tarcísio ainda completou que “isso não vai ter influência nenhuma na eleição”. Quando questionado por uma jornalista sobre quem seria o candidato que houve a orientação a votar, Tarcísio respondeu: Boulos.
O psolista apresentou uma notícia transgressão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e acionou a Justiça Eleitoral de São Paulo por ataque de poder político e uso indevido dos meios de notícia.
Em coletiva, Boulos afirmou que espera que a Justiça Eleitoral “seja rápida no seu posicionamento, porque isso é inadmissível em uma situação de normalidade democrática”.
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