
Juros altos são uma das principais causas de inadimplência no Brasil, diz pesquisa
O patamar ressaltado dos juros é a segunda maior culpa para os brasileiros não quitarem as suas dívidas neste ano, ficando detrás somente do desemprego, conforme pesquisa divulgada pela plataforma Consonância Online.
Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados apontaram a falta de trabalho porquê motivo para inadimplência. As taxas de juros foram citadas por 18%, enquanto o descontrole financeiro foi a razão de 14%.
Olhando a série histórica, o peso dos juros no orçamento das famílias fica mais evidente. Enquanto a problemática do mercado de trabalho recuou, a da Selic elevada subiu.
Em 2023, 41% da população justificava o desemprego porquê razão para não quitar as dívidas, enquanto o cenário de juros afetava 17%.
À CNN, Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasílico de Economia da Instauração Getulio Vargas (Ibre/FGV), destaca a urgência de seguimento do orçamento para evitar a procura por crédito em um cenário de juros altos.
“Se a pessoa conseguir assentar os gastos, olhar principalmente o cartão de crédito, que muitas vezes foge o seu alcance no dia a dia, porque só vai remunerar daqui a qualquer tempo, ter todo esse controle é muito importante para que não s tenha que buscar crédito ou fazer uma novidade dívida”, explica.
“Com esse patamar de juros cocuruto, acaba sendo um complicador, não só para agora, mas também no longo prazo, porque vai ser mais difícil quitar essa dívida”.
A redução do uso da justificativa para não pagarem as contas mostra que a recuperação do mercado de trabalho está sendo acompanhada por uma melhora na renda dos trabalhadores.
De entendimento com o Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média do brasílio era de R$ 3.037 em 2023, diante de R$ 3.214 neste ano, um aumento de 5,8%.
Essa melhora do rendimento, segundo economistas, vêm sendo impulsionadas pelo aumento de empregos formais, que está na marca de 38 milhões de pessoas.
A taxa de desemprego também registrou queda em verificação ao segundo trimestre do ano pretérito, indo de 8% em 2023, 8,64 milhões de pessoas, para 6,9%, muro de 7,5 milhões.
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