Rússia ameaça Otan com ‘confronto direto’ por drones americanos no Mar Negro

Isaac Brekken

Os Estados Unidos realizam rotineiramente voos de drones para fins de reconhecimento

Isaac Brekken

A Rússia ameaçou, nesta sexta-feira (28), as potências ocidentais com um “confronto direto” devido à “intensificação” dos drones militares americanos que sobrevoam o Mar Preto, poucos dias posteriormente um bombardeio ucraniano na península anexada da Crimeia.

Moscou considera que os Estados Unidos e seus aliados se tornaram segmento do conflito na Ucrânia devido à sua assistência militar a Kiev e à autorização para utilizar mísseis de longo alcance contra o território russo.

Os drones americanos que sobrevoam o Mar Preto “aumentam a verosimilhança de incidentes no espaço distraído com aviões da Força Aérea russa, o que eleva o risco de um confronto direto” entre a Organização do Tratado do Atlântico Setentrião (Otan) e a Federação russa, alertou em expedido o Ministério da Resguardo russo.

“Os países da Otan seriam responsáveis”, alertou, acrescentando que o ministro da Resguardo, Andrei Belousov, instruiu o Tropa a tomar “medidas para uma resposta operacional às provocações”.

O ministério da Resguardo russo disse ter observado um aumento no número de “veículos aéreos não tripulados estratégicos dos EUA sobre as águas do Mar Preto” e acusou Washington de usar esses voos para ajudar a Ucrânia a testilhar alvos russos.

Os EUA e as potências europeias começaram a autorizar Kiev, sob determinadas condições, o uso de armas de precisão ocidentais para destruir locais e sistemas utilizados para bombardear a Ucrânia a partir do território russo.

– Bombardeios –

A Rússia já havia ameaçado os Estados Unidos com represálias em 24 de junho, um dia posteriormente um bombardeio ucraniano na Crimeia, uma península da Ucrânia que Moscou anexou em 2014 e que serve porquê base de retaguarda do Tropa russo.

O ataque deixou quatro mortos, incluindo duas crianças, e mais de 150 feridos, segundo a Rússia.

Os militares russos relataram que a Ucrânia utilizou mísseis ATACMS e Moscou afirma que o bombardeio com nascente tipo de projétil requer especialistas, tecnologias e dados da perceptibilidade dos EUA.

Na segunda-feira, o Pentágono reagiu afirmando que a Ucrânia toma “as suas próprias decisões”.

No início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou entregar armas equivalentes aos inimigos das potências ocidentais, para que atingissem seus interesses em outras regiões do mundo.

A frota russa tem superioridade numérica no Mar Preto, mas perdeu muitos navios nos últimos dois anos devido a ataques de drones navais lançados por Kiev.

No leste da Ucrânia, os confrontos continuam. Moscou reivindicou nesta sexta-feira a conquista da povoado de Rozdolivka, no setentrião de Bakhmut.

Um bombardeio russo matou quatro civis na pequena cidade de Novidade York, também no leste, segundo as autoridades. Outras duas pessoas morreram em bombardeios no nordeste e no sul do país.

As tropas de Moscou registraram em maio o seu maior progresso territorial em 18 meses, com uma grande ofensiva terrestre na região de Kharkiv, no nordeste da ex-República soviética.

Mas, segundo Kiev, as tropas ucranianas estão agora em uma melhor posição devido à chegada de munições ocidentais posteriormente meses de bloqueio.

No campo diplomático, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou nesta sexta que está trabalhando em um novo projecto para rematar com o conflito iniciado em fevereiro de 2022, com o objetivo de ser “bem pela maioria” dos países do mundo.

Prometeu, entretanto, continuar reforçando as capacidades militares de seu país para impor uma “tranquilidade justa” à Rússia.

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