Cinco presentes que você deve evitar trazer de viagem

Viajar para destinos exóticos e levar para vivenda uma presente peculiar é um tanto que muitos turistas apreciam. No entanto, o que poucos sabem é que alguns desses souvenirs podem estar ligados a práticas prejudiciais ao meio envolvente e até serem ilegais. Produtos feitos a partir de animais ou vegetalidade ameaçadas de extinção, uma vez que conchas, moca de civeta e marfim, são somente alguns exemplos de itens que, apesar de bonitos ou exclusivos, trazem consequências sérias para a fauna e flora globais. A reportagem é do The Washington Post.

Além dos impactos ambientais, muitos desses itens são proibidos em diversos países, e tentar trazê-los pode resultar em multas, confisco e até prisão. Por isso, é fundamental que os turistas estejam atentos às regras de importação e às práticas sustentáveis ao escolher suas lembranças. Finalmente, nem tudo o que é vendido nas lojas turísticas é seguro ou ético de se levar para vivenda.

Moca de civeta: um luxo que custa dispendioso para os animais

O moca de civeta é um dos produtos mais caros e controversos que os turistas podem encontrar. Leste moca, que pode custar até 500 dólares por libra (aproximadamente R$ 2.720), é produzido a partir de grãos que passam pelo sistema estomacal da civeta, um mamífero semelhante a um gato, geral no sudeste da Ásia. O processo pode parecer interessante, mas as condições em que os animais são mantidos são extremamente cruéis. Civetas são confinadas em pequenas gaiolas e forçadas a consumir grandes quantidades de cerejas de moca para produzir o grão que muitos turistas compram uma vez que uma “raridade”.

Marfim e produtos de origem bicho: um transacção ilícito e devastador

Produtos feitos de marfim, peles de tigre, cornos de rinoceronte e outros materiais de origem bicho são muitas vezes comercializados em mercados de souvenirs, mormente em regiões da África e da Ásia. Embora alguns turistas possam confiar que estão comprando um tanto legítimo, muitas dessas mercadorias são resultado do tráfico ilícito de animais selvagens, o que tem um impacto devastador sobre espécies ameaçadas e ecossistemas inteiros.

O transacção de marfim é particularmente problemático. Ele tem contribuído diretamente para o declínio drástico das populações de elefantes em várias partes do mundo. Levar uma peça de marfim uma vez que presente pode parecer inofensivo, mas contribui para a ininterrupção da caça ilícito e a devastação dessas espécies. A Convenção sobre o Transacção Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) impõe severas restrições ao transacção desses itens, e as autoridades alfandegárias frequentemente confiscam tais produtos, além de aplicarem multas e até penas de prisão aos infratores.

Conchas de caracol rainha: uma presente em risco de extinção

Em muitas regiões do Caribe e das Bermudas, é geral encontrar conchas de caracol rainha à venda em mercados de souvenirs. Suas conchas cor-de-rosa são atraentes para turistas, mas esses animais estão sob pressão em várias áreas devido à coleta excessiva. Países uma vez que Granada e Haiti foram proibidos de exportar esses moluscos por não conseguirem controlar a subtracção dos estoques, de entendimento com as normas da CITES.

Aliás, nos Estados Unidos, é ilícito comprar conchas que contenham caracóis vivos ou que tenham buracos fora dos padrões permitidos. O NOAA Fisheries, dependência norte-americana que regula a pesca e a conservação marinha, colocou o caracol rainha na lista de espécies ameaçadas, alertando que o bicho pode estar em transe de extinção nas próximas décadas.

Outros produtos perigosos: penas e partes de pássaros

Em mercados tradicionais no México, é provável encontrar pequenos pacotes contendo partes de beija-flores, vendidos uma vez que amuletos de paixão. Esses souvenirs, chamados “chuparosas”, são ilegais nos Estados Unidos, uma vez que violam leis de proteção às aves migratórias. A venda de penas, ossos e outras partes de aves também é geral em muitas regiões turísticas, mas é importante lembrar que esses itens estão cobertos por rigorosas legislações de proteção ambiental em vários países.

Caviar: um luxo sob restrição

O caviar de esturjão-beluga é um item de luxo frequentemente encontrado em mercados de países próximos ao Mar Cáspio. No entanto, a espécie está em transe crítico de extinção, e o transacção internacional desse caviar é altamente regulamentado. Nos Estados Unidos, é proibido trazer caviar de beluga, e qualquer outra variedade de caviar deve ser acompanhada de documentação apropriada para evitar confisco pelas autoridades alfandegárias.

O declínio de mais de 90% nas populações de esturjão-beluga nos últimos 30 anos levou a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) a listar essa espécie uma vez que ameaçada. Mesmo que o caviar de outras espécies seja permitido em pequenas quantidades, é importante que os viajantes se informem sobre as regras de importação e sigam as diretrizes para evitar problemas legais.

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