
Queimadas foram causadas por condições climáticas raras e despreparo, diz especialista à CNN
As recentes queimadas que assolaram o Brasil foram resultado de uma combinação incomum de condições climáticas extremas e falta de preparo dos agricultores, segundo Caio Roble, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio.
Em entrevista ao WW, o técnico detalhou os fatores que contribuíram para a propagação dos incêndios em larga graduação.
De harmonia com Roble, o cenário propício para as queimadas foi criado por uma seca prolongada, aliada a temperaturas excepcionalmente elevadas.
“Havia, digamos, condições para, obviamente, aquilo poder ser um barril de pólvora”, explicou o presidente da associação.
Setor canavieiro: o mais afetado
O setor canavieiro, que foi o mais atingido pelas queimadas, normalmente está mais prestes para o controle de incêndios, uma vez que situações similares já ocorreram em anos anteriores.
No entanto, a magnitude dos eventos recentes superou a capacidade de resposta.
Roble destacou um momento crítico: “Às 13h30, na sexta-feira, começam a estourar focos, mais de 20 focos de faceta e que vão se alastrando”.
A rápida propagação, impulsionada por ventos fortíssimos, dificultou significativamente os esforços de controle.
Despreparo frente a condições extremas
O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio enfatizou que a conjugação de fatores climáticos extremos com uma estrutura despreparada para mourejar com problemas dessa magnitude resultou na situação calamitosa observada.
“É uma conjugação, digamos assim, de uma situação climática extrema, vamos manifestar assim, juntamente com uma estrutura que não estava preparada para esse tamanho de problema”, concluiu Roble.
A estudo do técnico sugere a premência de uma revisão nas estratégias de prevenção e combate a incêndios no setor agrícola, mormente diante das mudanças climáticas que podem tornar eventos extremos mais frequentes no porvir.