Orçamento está bastante mais ajustado ao que vai acontecer na economia, diz Haddad
O ministro da Herdade, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira (27), que o projeto de orçamento do ano que vem, a ser anunciado na sexta-feira (30), está mais ajustado com o que deve intercorrer na economia.
Durante participação na conferência anual do Santander, Haddad disse que a peça que está sendo finalizada traz mais conforto à equipe econômica do que a apresentada no ano pretérito, quando, reconheceu o ministro, havia excesso de otimismo com as receitas extraordinárias levantadas em outorgas e concessões.
Posteriormente enfatizar que a peça orçamentária é uma construção que passa por diversas áreas técnicas, de modo que não há uma vez que maquiá-la, Haddad assegurou que o orçamento do ano que vem vai “equilibrado” — ou seja, prevendo estabilidade entre receitas e despesas, uma vez que determina a meta fixada no tórax fiscal para as contas primárias.
“Eu digo a você, com muita tranquilidade, essa peça orçamentária me pretexto mais conforto do que a do ano pretérito. A peça orçamentária do ano pretérito, na minha opinião, subestimava receitas ordinárias e superestimava receitas extraordinárias. Cheguei a manifestar isso em uma entrevista na estação”, declarou o ministro durante participação na conferência anual do Santander.
“O meu feeling é de que ela está bastante mais ajustada ao que eu penso que vai intercorrer com a economia brasileira”, acrescentou.
O ministro observou que, por conta da deflação no Índice Universal de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), observado pela Receita na projeção da arrecadação, as receitas ordinárias foram subestimadas no orçamento que está sendo executado neste ano.
Assim, Haddad reforçou que o governo deve entregar neste ano a meta de resultado primordial dentro da margem, que permite um déficit de até 0,25% do Resultado Interno Bruto (PIB) nas contas que desconsideram os pagamentos de juros. Porém, o resultado terá uma elaboração mais benéfica do lado da arrecadação, uma vez que a surpresa veio das receitas recorrentes.
O ministro adiantou ainda que o projeto orçamentário de 2025 será enviado ao Congresso com propostas do setor privado.
“O setor privado está se unindo ao esforço da Herdade no sentido de buscar fontes eficientes e alternativas de receita em proveito do estabilidade das contas públicas. Temos conversado com vários segmentos e, questão de um mês detrás, recebemos uma proposta bastante interessante que vai se transformar num programa que vai constar da lei orçamentária”, declarou Haddad, acrescentando que o programa está desempenado ao libido de um sistema tributário “mais decente”.
Meta fiscal
O ministro da Herdade, Fernando Haddad, voltou a declarar nesta terça-feira que continua otimista com o Brasil e que pensa que o país pode entrar em um ciclo de propagação sustentável se o governo continuar a fazer aquilo que precisa ser feito, aquilo que, de pacto com ele, é a preocupação do governo desde dezembro de 2022.
“Queremos é diminuir o fomento fiscal que vem sendo oferecido há 10 anos, praticamente desde 2015. Nós estamos com o déficit primordial bastante proeminente e queremos substituir esse impulso fiscal por uma regra de desenvolvimento com taxas de juros moderadas, com sustentabilidade fiscal e com um conjunto de reformas que nós vamos empreender para dar um horizonte de longo prazo para os investidores, trabalhadores, cidadãos de uma maneira universal”, disser Haddad.
Inflação
O ministro da Herdade disse que não vê pressões inflacionárias na economia, ao fazer comentários sobre o IPCA-15, divulgado nesta terça-feira em risca com as expectativas do mercado.
“Não estamos vendo pressões inflacionárias, núcleos de inflação muito comportados. É importante manifestar isso porque fica todo mundo com pânico do serviço, imaginando que a inflação vai percutir a porta. E o que nós estamos vendo é que o serviço está vindo e os núcleos estão cedendo”, declarou o ministro ao abordar o debate em torno da pressão do mercado de trabalho aquecido nos preços.
Haddad antecipou que os dados do Caged de julho, a serem divulgados amanhã pelo ministério do Trabalho, vão mostrar que as empresas voltaram a contratar mais do que livrar no Rio Grande do Sul, posteriormente a tragédia climática que devastou regiões do estado em maio.
“Depois de dois meses de uma tragédia que ninguém sabia calcular a dimensão, hoje nós estamos com o Rio Grande do Sul com saldo positivo de contratação”, disse o ministro.
Crédito
Haddad disse que há razões para crer que o crédito continuará crescendo a um ritmo de dois dígitos, citando o impulso do marco de garantias no entrada aos financiamentos bancários.
Ao mencionar durante conferência do Santander a previsão da Febraban, a associação dos bancos, que aponta a um propagação de 10,3% na carteira de crédito neste ano, Haddad frisou que há “todas as razões do mundo” para imaginar que o propagação vai continuar.
Segundo o ministro, o novo marco lícito das garantias, que amplia a disponibilidade de crédito ao reduzir o risco dos bancos, já produz efeitos positivos nas vendas de carros e motocicletas.
“Acredito que o mercado imobiliário também sentirá os efeitos do novo marco de garantias, oferecido o aperfeiçoamento da lei”, declarou Haddad, chamando a atenção também ao efeito favorável da concorrência bancária nos spreads — isto é, a diferença entre as taxas de captação e as taxas cobradas pelos bancos ao consumidor.
“Eu penso que o Brasil vai crescer mais e melhor porque nós estamos tomando as medidas necessárias para que isso aconteça”, declarou Haddad.