Médicos veterinários pedem regulamentação para transporte de animais

Reprodução: TV Orbe

Morte do cachorro Joca chamou a atenção para as condições de transporte de animais em voos comerciais

Depois o caso do cachorro Joca, que morreu enquanto estava em trânsito, sob a responsabilidade de uma companhia aérea, o Juízo Federalista de Medicina Veterinária (CFMV) fez um  alerta às autoridades sobre a urgência de regulamentar o transporte leviano e rodoviário de animais no país. 

Segundo a entidade, essa é uma questão de extrema relevância para o bem-estar e a segurança não unicamente de animais, mas de passageiros e de profissionais da aviação social, muito porquê de transportes terrestres.

“O transporte de animais, sejam eles domésticos ou selvagens, requer cuidados específicos para  prometer que seja realizado de forma segura e responsável,
respeitando suas necessidades fisiológicas e comportamentais”, informou o juízo, ao ressaltar que a falta de regulamentação adequada “pode acarretar riscos para a saúde e o bem-estar tanto dos animais quanto das pessoas envolvidas no transporte”.

Para o CFMV, é fundamental que haja um a regulamentação clara e abrangente que considere as particularidades de cada espécie e raça bicho,
os riscos envolvidos, e as medidas preventivas necessárias porquê a participação de médicos-veterinários no processo de transporte.

Ainda segundo o Juízo, é importante que essa regulamentação seja fruto de debates e colaborações de diversas autoridades. Entre elas, os ministérios dos Portos e Aeroportos, da Cultivação e Pecuária, do Meio Envolvente e Mudança do Clima, e da Saúde, além da Dependência Vernáculo de Aviação Social e da Polícia Federalista.

Joca morreu na última segunda-feira (22), em seguida a lapso no transporte leviano pela Gol. O bicho deveria ter sido levado a Sinop (MT), em um voo de murado de 2h30 de duração, porém teve o orientação mudado por erro. Joca foi transportado para Fortaleza e depois retornou para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, resultando em murado de 8 horas dentro de voos. 

Requisitos

Para quem quer viajar escoltado de seu bicho, o médico-veterinário Andreey Teles, assessor técnico do CFMV, alerta para a relevância de ter um atestado de sanidade,  emitido exclusivamente por médico-veterinário, contendo selo e assinatura do profissional para embarcar em transporte rodoviário ou leviano. 

“A emissão do atestado é condicionada à avaliação clínica prévia do bicho por médico-veterinário”, ressalta Teles. Segundo ele, o documento é emitido de combinação com as condições de saúde apresentadas pelo bicho, que deve estar livre de parasitas externos e internos, e com a vacinação em dia. 

Viajar é estressante para os pets,
uma vez que ele estará em um envolvente dissemelhante do habitual. Em universal, locais escuros, longe do possessor, com cheiros diversos (principalmente se estiver sendo transportados próximo a outros animais) e com barulhos que, para eles, podem ser assustadores. “Tudo isso pode contribuir para um estado de tensão”, explica Teles.

Por isso, dependendo do tempo de viagem e de outros fatores considerados na avaliação pelo médico-veterinário, pode ser necessário o uso de qualquer tipo de medicação. Também é fundamental ter em mãos os documentos exigidos para embarque dos animais, devidamente assinados e carimbados por médico-veterinário, e que estejam atendidos os requisitos adicionais para serem transportados de forma segura.

O técnico do CFMV avalia que o suporte prestado por médico-veterinário em estações rodoviárias e terminais de embarque e desembarque seria um diferencial para certificar suporte quase repentino aos animais. “Nos casos em que, comprovadamente, haja a urgência de seguimento permanente do pet no transporte, essa exigência deverá ser atendida e, seria de ressaltado valor que as companhias de transporte disponibilizassem um profissional médico-veterinário para esta finalidade”, acrescentou Teles.

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