Governo e professores devem assinar hoje acordo para fim da greve
Nesta quinta-feira (27), representantes dos sindicatos dos professores e o governo se reunirão no Ministério de Gestão e Inovação, em Brasília, para formalizar o tratado que encerrará a greve dos professores
das universidades brasileiras. O encontro está agendado para as 17h. No entanto, permanece um impasse em relação aos técnicos administrativos, que ainda mantêm a paralisação.
Unificação e Fecho das Paralisações
Depois de várias universidades decidirem individualmente suspender a greve na ensino superior, entidades chegaram a um consenso no último termo de semana para fechar de forma unificada as paralisações, que se estenderam por mais de dois meses. O movimento englobou tanto as universidades quanto os institutos federais.
A Associação Vernáculo dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) anunciou no domingo à noite que assinará o tratado proposto pelo governo, formalizando o termo da greve a partir da data da assinatura até 3 de julho, quando está previsto o retorno das atividades acadêmicas.
O Sindicato Vernáculo dos Servidores Federais da Ensino Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que representa técnicos administrativos e docentes de institutos federais, também aprovou as propostas do governo em votação interna. O Escola Pedro II compartilhou a decisão do sindicato nas redes sociais.
No entanto, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) expressa insatisfação e alega que não houve tempo suficiente para discutir o termo da greve com todos os estados dentro do prazo estipulado pelo governo.
Das 57 universidades vinculadas à Andes-SN que aderiram à greve, pelo menos 30 já sinalizaram o fecho do movimento até a última sexta-feira. A maioria das instituições indicou um caminho para o retorno às aulas ou estipulou uma data específica para isso, refletindo o libido da categoria de admitir as propostas governamentais.
Propostas
A categoria reivindicava reajustes salariais escalonados, com um aumento de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo argumenta que a questão salarial já foi resolvida por meio de um tratado com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) em maio e que agora as negociações se concentram em pautas não salariais.
Entre as medidas propostas pelo Ministério de Gestão e Inovação estão a revogação de decisões do governo anterior, uma vez que a portaria 983 e a instrução normativa 66, que afetam a trouxa horária e progressões dos docentes, respectivamente.
Técnicos Administrativos
Para fechar a greve dos técnicos administrativos, o governo propôs uma tábua de reajuste a partir do próximo ano, além de aspectos relacionados à progressão na curso por Reconhecimento de Saberes e Competências. Os aumentos salariais seriam de 9% em 2025 e 5% em 2026, sem reajustes imediatos em 2024.
Durante o auge da greve, técnicos administrativos chegaram a paralisar os serviços em quase século unidades, afetando serviços uma vez que bandejões e funções administrativas em universidades e institutos.
Apesar da concordância dos técnicos dos institutos federais com o termo da greve, a Fasubra argumenta que o governo deveria ter outorgado mais tempo para as bases discutirem as propostas apresentadas.
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