O Grande Debate: Como o fim da escala 6×1 impactaria o mercado de trabalho? Assista

O comentarista da CNN José Eduardo Cardozo e o ex-deputado federalista e empresário Alexis Fonteyne discutiram, nesta segunda-feira (11), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o término da graduação 6×1 — uma folga a cada seis dias — impactaria o mercado de trabalho.

A deputada federalista Erika Hilton (PSOL-SP) tem retraído assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição na Câmara sobre o objecto. De contrato com a PEC, a duração do trabalho não deve ser superior a 36 horas semanais e deve ser feita em uma graduação de quatro dias trabalhados e três de folga, ou seja, 4×3.

A discussão sobre o tema ganhou força nas redes sociais nos últimos dias e o Planalto tem monitorado o debate em torno da proposta legislativa. O Ministério do Trabalho afirmou que a redução da jornada de 44 horas semanais — de quem faz a jornada 6×1 — é “plenamente provável e saudável”.

Para Cardozo, o objetivo da PEC não é apresentar um pouco fechado, mas um debate público. A medida, em sua opinião, é provável, mas deve ser feita com cautela para não reduzir salários e levar para uma queda da produtividade.

“O valor dessa proposta é suscitar essa discussão. Me parece que realmente que é perfeitamente provável você ter reduções da fardo de trabalho, seja por convenções coletivas, uma vez que disse o ministro [do Trabalho] Luiz Marítimo, seja por decisões legislativas, que acabam estampando aquilo que é um resultado que valeria para todo o país”, afirma Cardozo.

Para Fonteyne, a proposta leva o Estado a opinar em um pouco que não deveria. As escalas, em sua visão, devem ser decididas pelas próprias empresas.

“Quando se quer colocar numa Constituição uma graduação 4×3, está se transformado mercê em um recta adquirido. E, aí, você distorce toda organização da sociedade, distorce a competitividade de um país e começa a impor uma graduação que ela pode ser muito favorável e aumentar a produtividade em alguns setores, mas ela pode ser prejudicial e ruim em outros”, diz Fonteyne.

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