Novo medicamento para combater a malária é desenvolvido por cientistas

Cientistas norte-americanos desenvolveram um novo medicamento contra a malária. Chamado MED6-189, o remédio é eficiente contra cepas de P. falciparum, sevandija causante da doença, que são resistentes a medicamentos. A novidade foi relatada em estudo publicado nesta quarta-feira (26) na revista científica Science.

O medicamento foi testado em laboratório in vitro e em camundongos humanizados — ou seja, projetados para terem sangue humano. Segundo os pesquisadores, o MED6-189 funciona mirando e interrompendo uma organela encontrada nas células do sevandija e as vias de tráfico vesiculares.

Esse duplo modo de ação impede que o patógeno desenvolva resistência a medicamentos, o que torna o novo remédio um formado antimalárico altamente eficiente e promissor na luta contra a doença.

 

 

“A interrupção do apicoplasto e do tráfico vesicular bloqueia o desenvolvimento do sevandija e, portanto, elimina a infecção em glóbulos vermelhos e em nosso padrão de camundongo humanizado de malária por P. falciparum“, explica Karine Le Roch, professora de biologia molecular, celular e de sistemas na University of California – Riverside (UCR) e autora sênior do cláusula, em transmitido. “Descobrimos que o MED6-189 também era potente contra outros parasitas zoonóticos de Plasmodium, porquê P. knowlesi e P. cynomolgi.”

O MED6-189 é um formado sintético inspirado em um formado tirado de esponjas marinhas. O laboratório de Christopher Vanderwal, professor de química e ciências farmacêuticas na University of California Irvine — uma das universidades envolvidas no estudo — sintetizou o formado.

“Muitos dos melhores agentes antimaláricos são produtos naturais ou são derivados deles”, explica Vanderwal. “Por exemplo, a artemisinina, inicialmente isolada da vegetal absinto rebuçado, e análogos dela, são criticamente importantes para o tratamento da malária. O MED6-189 é um parente próximo de uma classe dissemelhante de produtos naturais, chamados isocianoterpenos, que parecem ter porquê mira múltiplas vias em P. falciparum. Isso é lucrativo porque se exclusivamente uma via tivesse sido mira, o sevandija poderia desenvolver resistência ao formado mais rapidamente.”

Quando os pesquisadores administraram o MED6-189 em camundongos infectados com P. falciparum, eles descobriram que o medicamento limpou os parasitas dos animais. A equipe também testou o formado contra P. knowlesi, um sevandija que infecta macacos, e descobriu que ele funcionou porquê solicitado, limpando os glóbulos vermelhos infectados.

O sevandija causante da malária é transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles (mosquito-prego), que são mais abundantes ao entardecer e ao anoitecer. Os sintomas podem incluir febre subida, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. De convenção com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 247 milhões de casos de malária foram registrados em 2021 em 84 países endêmicos.

No Brasil, a região amazônica é considerada dimensão endêmica para malária no país, registrando 99% dos casos autóctones (aqueles com provável sítio de transmissão no Brasil). Conforme os dados do Ministério da Saúde, em 2022, foram registradas 2.114 internações por malária no território vernáculo, representando um aumento de 18,1% em relação a 2021 (1.790). No mesmo ano, ocorreu um aumento de 180% de óbitos na região extra-amazônica, um propagação de cinco para 14 mortes.

A equipe de pesquisadores planeja continuar otimizando o MED6-189 e confirmar os mecanismos de ação do formado modificado usando uma abordagem de biologia de sistemas, que consiste em pesquisa biomédica para entender porquê diferentes organismos vivos e células interagem em escalas maiores.

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