
Ministério diz que “pequenas mudanças“ favoreceram leilão da BR-381/MG
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, afirma que uma série de “pequenas mudanças” implementadas pelo governo no protótipo de concessões das rodovias garantiu a presença de interessados no leilão da BR-381 em Minas Gerais.
“Esses detalhes fizeram toda a diferença”, disse Santoro à CNN, comemorando a apresentação de propostas por dois grupos privados. O leilão está marcado para quinta-feira (29) e hoje era o prazo para a entrega de ofertas.
Outras duas tentativas recentes de licitar a BR-381 em Minas, conhecida uma vez que “Rodovia da Morte” pelo traçado altamente sinuoso e pelo proeminente índice de acidentes fatais, fracassaram por falta de interessados.
Uma ocorreu no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a segunda, já no ano pretérito, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A geminação da BR-381, no trecho de 304 quilômetros entre Belo Horizonte e Governador Valadares, é prometida desde a dezena de 1990. Nos primeiros governos Lula, houve tentativa de executar os trabalhos uma vez que obra pública, mas também não deu patente.
De entendimento com o secretário-executivo, mais de 200 reuniões técnicas foram conduzidas pelo ministério com potenciais investidores em rodovias para vulgarizar o atual cardápio de concessões e ouvir sugestões.
No caso da BR-381/MG, ele destaca o indumento de que foram solucionadas todas as pendências do licenciamento ambiental. Ou por outra, na semana passada, a Advocacia-Universal da União (AGU) alcançou entendimento para a remoção de centenas de famílias que ocupavam as margens da rodovia na chegada a Belo Horizonte.
Santoro acrescentou que, paralelamente, uma carta-compromisso do Banco Pátrio de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu mais tranquilidade aos investidores sobre a “financiabilidade” do projeto.
“O que mais labareda a atenção é a presença de dois grupos novos em leilões de rodovias federais. Isso é um supimpa sinal”, afirma.
As propostas foram apresentadas por um consórcio de empreiteiras liderado pela Aterpa e por um grupo formado pelo Opportunity. CCR e Ecorodovias, as duas maiores empresas do setor, não apareceram.
Para aumentar a atratividade da BR-381/MG, o governo fez mudanças uma vez que uma taxa de retorno mais subida do capital privado e mais compartilhamento de riscos.
O Ministério dos Transportes espera fazer até sete outros leilões de rodovias no que resta do ano — ainda que o cronograma possa “escorregar” para o primeiro semestre de 2025.