
EUA e Israel estão em alerta para possíveis ataques do Líbano ou do Irã, diz professor à CNN
A tensão no Oriente Médio atingiu novos patamares neste domingo, quando Israel realizou um ataque preventivo contra forças do Hezbollah no Líbano.
O incidente marca a pior escalada militar entre as partes desde 2006, levantando preocupações sobre uma provável expansão do conflito para além da fronteira sul de Israel.
Segundo Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais da Universidade Federalista Fluminense (UFF), tanto Israel quanto os Estados Unidos estão em estado de alerta supremo, preparados para responder a uma provável ofensiva libanesa ou iraniana.
Brustolin revelou que, durante as negociações do termo de semana, houve uma troca de mensagens entre as lideranças de Israel e do Hezbollah. Inicialmente, um conciliação para evitar uma escalada parecia provável.
No entanto, a situação se deteriorou quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu entrada permanente ao galeria da Filadélfia, que separa a Tira de Gaza do Egito.
Em resposta a essa demanda, o Hezbollah decidiu não esperar e posicionou secção de seu arsenal de aproximadamente 150 milénio mísseis e foguetes próximo à fronteira.
Isso levou Israel a realizar uma operação preventiva na madrugada de domingo, visando neutralizar a ameaço iminente.
Presença militar americana e ameaço nuclear iraniana
O professor destacou a presença de dois porta-aviões americanos na região, prontos para responder a um provável ataque do Irã.
Brustolin lembrou que, em julho, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, alertou que o Irã estaria próximo de desenvolver sua primeira arma nuclear.
“Qualquer ataque do Irã nesse momento será utilizado porquê pretexto, tanto para Israel quanto para os Estados Unidos, para acabarem com as instalações nucleares do Irã”, afirmou Brustolin, ressaltando a sisudez da situação e as possíveis consequências de uma ação iraniana neste contexto de subida tensão.