
Cotado para presidir Câmara de SP troca Nunes por Marçal e pode ser expulso do União
O vereador Rubinho Nunes, do União Brasil, que era cotado para suceder o atual presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, do mesmo partido, declarou escora a Pablo Marçal, abrindo mão da estratégia montada pela coligação que apoia o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Assim uma vez que o Podemos, que já tinha perdido três candidatos a vereador para a campanha de Pablo Marçal, o União Brasil decidiu retaliar o dissidente.
De inopino, Rubinho perderá o tempo de TV e as verbas do partido. Em nota, a legenda ainda informa que cogita a expulsão do vereador.
“Outras medidas serão analisadas ao longo da campanha, inclusive uma verosímil expulsão. O União Brasil tem o compromisso de estribar o prefeito Ricardo Nunes e os candidatos que estiverem em discordância sofrerão as consequências”, disse Leite, que é o presidente municipal do partido.
À CNN, Rubinho afirmou que se sentia um “peixe fora d’chuva” na campanha de Ricardo Nunes. “Ele é uma boa pessoa, mas temos posições políticas distintas e o governo não se comprometeu com pautas essenciais do meu procuração”, afirmou o vereador.
Dissidente do Movimento Brasil Livre, o MBL, Rubinho foi o idealizador da CPI que investigaria o Padre Júlio Lancelotti, que acabou naufragando. Assim uma vez que ele, outros quatro candidatos do partido estão no radar de possíveis trocas.
Procurado pela CNN, o prefeito minimizou o caso e lembrou que até na campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo em 2022, deputados declararam escora a outros candidatos. O presidente do MDB, Enrico Misasi também monitora o movimento.
Rubinho Nunes não é o primeiro a trocar o prefeito pelo coach Pablo Marçal. Outros três candidatos pelo Podemos já fizeram o mesmo: Joyce Hasselman, Daniel José e Marcelo Aguiar.
O presidente do PL na cidade, Isaac Felix, afirmou à CNN que ligaria para os candidatos a vereador pelo partido e afirmaria que quem trocasse Nunes por Marçal seria expulso.