
Barack Obama expressa apoio a Kamala Harris em sua campanha contra Trump
O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, abraça a vice-presidente Kamala Harris durante uma cerimônia na Vivenda Branca, em Washington, em 5 de abril de 2022
CHIP SOMODEVILLA
Barack e Michelle Obama uniram forças com Kamala Harris em sua candidatura para as eleições de novembro nos Estados Unidos contra o republicano Donald Trump, que reluta em participar de um debate com ela até que seja oficialmente nomeada pelo Partido Democrata.
“Esta semana, Michelle e eu ligamos para nossa amiga Kamala Harris. Dissemos que achamos que ela será uma fantástica presidente dos Estados Unidos e que tem todo o nosso suporte”, afirmou o ex-presidente Barack Obama em uma mensagem na rede social X, em seguida permanecer em silêncio por vários dias.
Na manhã desta sexta-feira (26), o suporte também veio dos Jogos Olímpicos de Paris, com a mito do atletismo americano Allyson Felix, que afirmou que uma vitória de Harris em novembro “seria monumental”.
A vice-presidente, de 59 anos, tem garantida a nomeação até a convenção do Partido Democrata, prevista para debutar em 19 de agosto em Chicago (setentrião).
Desde que o presidente Joe Biden, de 81 anos, se retirou da corrida pela reeleição, segundo ele para “proteger a democracia” e dar espaço a “vozes jovens”, Harris se tornou a grande esperança dos democratas.
A candidatura de Kamala é uma preocupação para Donald Trump, de 78 anos, que foi forçado a recalibrar sua campanha, muito centrada na idade de Biden.
A equipe de campanha da ex-senadora e ex-procuradora da Califórnia descreve agora seu rival porquê um “delinquente de 78 anos”, que foi réprobo criminalmente em maio e tem outros processos judiciais pendentes.
A queda de Biden foi acelerada em seguida seu desempenho desastroso em um debate em junho com Trump, que agora lança dúvidas sobre se participará de um previsto para 10 de setembro na emissora ABC.
– “Tem terror” –
O porta-voz de Trump, Steven Cheung, afirmou que era “inapropriado” programar levante debate, já que a Kamala ainda não é formalmente a candidata democrata.
Pete Buttigieg, secretário de Transporte dos Estados Unidos e um importante protector da campanha de Harris, zombou de Trump por ser “incapaz de se conciliar”.
“Isso demonstra que ele tem terror. Mostra que ele sabe que, se os dois estiverem juntos em um palco, não acabará muito para ele”, disse Buttigieg à MSNBC.
Há uma semana, um Trump pleno de crédito foi coroado na convenção republicana, poucos dias em seguida ser ferido em uma tentativa de homicídio.
Mas as últimas pesquisas apontam que o bilionário está empatado com Kamala Harris, acostumada a quebrar barreiras. Negra e de progénie sul-asiática, ela é a primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos.
A democrata o acusa de querer retirar as “liberdades” conquistadas com muito esforço, porquê o recta ao monstro, e ele a labareda de “lunática radical de esquerda” e alega, sem motivo, que Kamala é em prol da “realização” de bebês recém-nascidos.
Trump recebeu nesta sexta-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em sua residência na Flórida.
“Se ganharmos, será muito simples. Tudo será resolvido e muito rápido”, garantiu o ex-presidente republicano.
“Agora estamos mais perto de uma terceira guerra mundial do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial (…) porque pessoas incompetentes estão dirigindo nosso país”, afirmou.
Na véspera, Netanyahu se encontrou na Vivenda Branca com Biden, mas também com Kamala Harris, que lhe advertiu que não ficará calada “diante do sofrimento” em Gaza, onde Israel trava uma guerra contra o Hamas em seguida o ataque sem precedentes do grupo islamista palestino em 7 de outubro.