Temperatura de SP pode aumentar em 6ºC até 2050, diz pesquisa
O estado de São Paulo pode permanecer até 6ºC mais quente e ter ondas de calor com mais de 150 dias até o ano de 2050, revelou um estudo realizado pelo Instituto Geológico e pela Companhia Ambiental do Estado deSão Paulo (Cetesb).
A pesquisa, divulgada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), analisou dados climáticos entre 1961 e 1990 e fez comparações com projeções para o período de 2020 a 2050. Os resultados foram dois possíveis cenários para o horizonte climatológico do estado.
Cenário otimista
O cenário otimista pressupõe a estabilização nos níveis de concentração de CO² (gás carbônico). A redução das emissões seria feita a partir da implementação de programas de reflorestamento. Aliás, projeta a subtracção das áreas de cultivo agrícolas, muito uma vez que a adoção de políticas climáticas rigorosas e, uma vez que consequência, a redução do consumo de robustez por meio de combustíveis fósseis.
Cenário pessimista
O cenário pessimista projeta um horizonte sem mudanças significativas nas políticas ambientais e climáticas. Uma vez que consequência, a sociedade pode vivenciar o aumento dos níveis de CO² até o término do século, a expansão de áreas agrícolas – que deve escoltar o incremento da população mundial, projetada em 12 bilhões em 2100 -, além da subida sujeição de combustíveis fósseis.
Aumento na temperatura
O estudo prevê o aquecimento da atmosfera menos intenso na tira litorânea (devido ao controle exercido pelo oceano), e maior na região Noroeste, mais afastada do Oceano Atlântico.
Em relação à temperatura máxima anual, os pesquisadores projetam um aumento em todo o estado, que varia entre 0,5°C a 1,5ºC no Litoral Setentrião e na Baixada Santista.
A maior taxa de aquecimento segmento de 3°C a 4ºC supra da temperatura normal (considerando o pausa entre 1961 e 1990), até 6°C no limite superior do cenário mais pessimista, com previsão de um aquecimento mais intenso na superfície medial do estado.
Ondas de calor e eventos extremos
Segundo o estudo, no cenário pessimista, todo o estado pode tolerar uma redução de 1 a 3 dias nos períodos de ondas de insensível. Algumas áreas isoladas podem ter redução de até 1 dia.
A partir desta projeção, os pesquisadores também concluíram que pode ter um aumento significativo do indicador de duração de ondas de calor.
No pior cenário, esse aumento é superior a 150 dias no Setentrião do estado. No cenário otimista, o menor aumento projetado é de 25 dias, no Sul.
Outra previsão do estudo é o aumento na frequência de eventos climáticos extremos e da alternância entre eles. Um dia pode ter o clima muito sequioso, e o seguinte ser de chuva potente, causando desabamentos, inundações e erosões, principalmente nas áreas litorâneas.
Críticas ao governo
A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo se baseou no resultado da pesquisa para cobrar algumas medidas do governo estadual, uma vez que:
- Projecto de ação contra o aquecimento em SP;
- Medidas para prometer a preservação das áreas de conservação ambiental;
- Recriação dos Institutos Geológico, Florestal e Fitologia, muito uma vez que da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias);
- Fortalecimento do sistema paulista de pesquisa e tecnologia, com mais investimentos.
“É urgente fortalecer o sistema paulista de pesquisa e tecnologia, exigindo investimentos financeiros e em recursos humanos. Enquanto isso, o governo Tarcísio de Freitas tenta entregar áreas de conservação para a iniciativa privada, uma sufocação ao horizonte dos paulistas”, criticou a presidente da APqC, Helena Lutgens.
O que diz o governo de SP
“A Secretaria do Meio Envolvente, Infraestrutura e Logística de SP tem compromisso com a sustentabilidade ambiental e resiliência climática e possui um pompa de programas voltados para o estabilidade ambientalista do Estado. Desde 2022, a pasta possui o Projecto de Ação Climática (PAC) 2050 e o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-SP), que mapeiam cenários climáticos globais para emprego e gestão de riscos ao estado.
Dentre as estratégias e especificidades de atuação para implementação do PAC 2050, o Governo de SP montou um comitê gestor da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), intersecretarial, para discutir ações integradas correlatas à tarifa. As ações visam atingir os objetivos de neutralidade de emissões de São Paulo, a partir de seis eixos: Transportes; Vontade; Resíduos; Agropecuária, Florestas e Usos do Solo; Processos Industriais e Uso de Produtos; Finanças Verdes e Inovação. O planejamento e as execuções devem ainda serem monitoradas por um parecer, tripartite – neste momento, em processo de estruturação.
Lançado recentemente pela pasta, o Finaclima-SP, mecanismo de financiamento que permite a combinação de recursos públicos e privados, atuará para complementar a implementação das ações necessárias de mitigação e adaptação previstas no PAC e no Projecto Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (PEARC).
Sistemas estaduais de pesquisa e tecnologia
Desde 2021 a Semil possui o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), fruto da união dos institutos Florestal, Fitologia e Geológico, cujas atividades técnico-científicas desenvolvidas são voltadas para o planejamento territorial, de restauração de ecossistemas, de manutenção das unidades de conservação e das mudanças climáticas – totalmente integrado às políticas públicas de Estado. Ainda, o IPA dá suporte às atividades da Resguardo Social estadual no atendimento de desastres naturais, principalmente os ligados a deslizamentos.
Quanto às ações voltadas para o monitoramento de endemias, a Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), da Secretaria de Estado da Saúde, realiza estudos e pesquisas sobre os temas, sob avaliação de conselhos responsáveis. As atividades regionais de campo são realizadas pelos municípios, vinculadas aos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) e de Vigilância Sanitária (GVS) estaduais.”
Quer permanecer por dentro das principais notícias do dia? Clique cá e faça segmento do nosso meato no WhatsApp