O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu, nesta quinta-feira, 25, um “voto de crédito” para invadir a reeleição no domingo, 28 de julho, enquanto seu principal rival, Edmundo González Urrutia, prometeu “não perseguir” o chavismo se chegar ao poder.
Maduro, de 61 anos, divulgou um vídeo para apresentar o que chamou de “programa do horizonte”, com “mudanças e transformações” para trespassar da profunda crise que tem caracterizado seus quase 12 anos no poder.
“Aqueles que sempre nos apoiaram, agradeço pela força vitoriosa de todos esses anos; aqueles que ainda estão indecisos, peço crédito, seu voto de crédito”, expressou em um vídeo gravado no gabinete presidencial do Palácio de Miraflores, em Caracas.
“Sou a garantia de silêncio e segurança”, acrescentou. “A aqueles que alguma vez foram contrários a nós, apelo à sua razão caridoso, ao seu tino geral e ao seu patriotismo.”
A maioria das pesquisas favorece González, um diplomata de 74 anos indicado pela principal coligação oposicionista Plataforma de Unidade Democrática (PUD), depois que sua candidata original, María Corina Machado, foi impedida pela Justiça de exercitar cargos públicos.
“Não deixem que a mensagem de ódio que eles usam os ameace”, disse González em uma coletiva de prensa com correspondentes estrangeiros. “Nós não viemos para perseguir ninguém, não viemos para dispensar ninguém de seu trabalho (…), todos vocês são os corajosos e sua coragem será demonstrada no domingo.”
Ambos os candidatos têm programados eventos de tamanho nesta quinta-feira para fechar a campanha eleitoral, marcada por denúncias de perseguições e prisões por segmento da oposição, enquanto o chavismo alerta sobre planos de seus adversários para desrespeitar os resultados e buscar “violência”.
Maduro alertou sobre um provável “banho de sangue” se perder as eleições, o que fez tanger o rebate na região, com críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do mandatário chileno, Gabriel Boric.
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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (c), participa de passeio político em Guanare, estado de Portuguesa (Venezuela). Venezuela realizará eleições presidenciais em 28 de julho de 2024
(Maria Corina Machado)
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O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta terça-feira, em dimensão popular de Caracas (Venezuela). Maduro convidou os seus seguidores a comemorar no Palácio Miraflores – sede do Governo – em Caracas, o seu “triunfo” nas eleições de 28 de julho, quando competirá contra nove adversários pelo próximo procuração de seis anos no poder
(Maduro invita a los chavistas a comemorar en el palacio presidencial su “triunfo” electoral)
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O candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez (C) fala a estudantes ao lado de sua esposa Mercedes Lopez (2ª-L) e da líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado (R) durante um comício de campanha na Universidade Medial da Venezuela em Caracas, em 14 de julho de 2024
(Edmundo González Urrutia)
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A líder da oposição venezuelana María Corina Machado cumprimenta apoiadores nesta quarta-feira, em evento de campanha em Guanare (Venezuela).
Machado afirmou que existe um movimento social de todas as idades e em todas as regiões do país pela “libertação”, mas também pela salvamento, porque – disse – os venezuelanos devem remediar as suas feridas e reunir-se
(María Corina Machado dice que los venezolanos deben sanar las heridas y reencontrarse)
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Retrato cedida pelo Palácio Miraflores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimentando apoiadores durante evento de campanha nesta quarta-feira, em Caracas (Venezuela). Maduro pediu a milhares de trabalhadores que se reuniram em Caracas que votassem, antes das eleições de 28 de julho, ao mesmo tempo que prometeu restabelecer os salários da classe trabalhadora, reduzidos durante os seus 11 anos de governo
(Nicolás Maduro Venezuela)
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Seguidores do presidente da Venezuela e candidato presidencial, Nicolás Maduro, participam esta terça-feira num evento de campanha, numa zona popular de Caracas (Venezuela). Maduro disse que um “morruñeco (tolo)” não pode aspirar à presidência de um país, por isso destacou a relevância de “ter saúde” para realizar esse trabalho e assumir os seus compromissos
(Nicolás Maduro dice que un “marruñeco” no puede aspirar a ser el presidente de una nación)
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O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela)
(Acto de Campaña de Nicolás Maduro en Caracas)
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Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela)
(Campanha de Nicolás Maduro)