Dados sobre cachorros de Milei são protegidos por limites de acesso à informação na Argentina

Tomás Cuesta

Javier Milei, presidente da Argentina, em Buenos Aires, 17 de julho de 2024

Tomas CUESTA

Um decreto da justiça argentina estabeleceu limites para os requerimentos de aproximação à informação pública sobre a “vida privada” do presidente Javier Milei, incluindo qualquer oferecido referente aos cachorros do atual mandatário, noticiou, nesta quinta-feira (25), a prensa sítio.

O decreto da Procuradoria do Tesouro Pátrio foi oferecido em resposta a uma solicitação de informação pública a reverência dos gastos para a manutenção dos cães, que o presidente considera secção de sua família e labareda de seus “filhos de quatro patas”.

Os cachorros, quatro Mastins Ingleses que Milei mandou clonar de outro cão falecido anos detrás, moram em canis individuais na residência presidencial de Olivos, situada na periferia setentrião da capital.

O próprio porta-voz do presidente, Manuel Adorni, se recusou em várias ocasiões a responder a perguntas da prensa em relação aos cachorros de Milei ao considerá-los “secção de sua intimidade”.

Segundo o jornal Página12, depois de reiteradas tentativas de obter dados sobre os animais, amparados pela Lei de Chegada à Informação Pública, a Procuradoria respondeu que os dados são “de natureza privada e familiar” e “não têm relevância pública”.

“O regime de informações públicas não pode ser transformado por meio de um tirocínio imperdoável do recta em um instrumento para encanar a simples curiosidade dos cidadãos”, alegou o órgão.

Os pedidos de informação, detalhou o organização, requeriam dados sobre o número de cães, a raça, os gastos com cuidados e manutenção e a origem dos fundos usados para remunerar as obras realizadas para abrigá-los na residência presidencial.

A procuradoria esclareceu, entretanto, que as despesas com os cuidados dos cães presidenciais “não foram pagas com fundos do Tesouro Pátrio”.

Tudo relacionado aos cães do mandatário é uma questão delicada para a Presidência, sobretudo quantos são e se o presidente realmente considera que seu primeiro cão, “Conan”, que morreu em 2017, do qual ele clonou os outros, está vivo.

Em março deste ano, durante entrevista à CNN, Milei observou que sua rotina diária começa com uma saudação aos seus cães.

“Vou ver meus filhinhos de quatro patas, é minha forma de relaxar”, disse ele. E acrescentou: “Eles são cinco: Conan, Murray, Milton, Robert e Murray, há cinco canis”.

“Se o presidente diz que há cinco cães, há cinco cães”, disse o porta-voz Adorni em resposta a um jornalista.

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