
Netanyahu chama de ‘horríveis’ protestos pró-palestinos em universidades dos EUA
Manifestantes pró-palestinos se reúnem em frente à Universidade de Columbia, em Novidade York, em 23 de abril de 2024
Charly TRIBALLEAU
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou, nesta quarta-feira (24), de “horríveis” os protestos pró-palestinos nas universidades dos Estados Unidos e pediu ação para impedi-los.
“O que acontece nos campi universitários americanos é horroroso. Turbas antissemitas se apoderaram das principais universidades”, declarou o governante conservador israelense em expedido.
“Essas manifestações clamam pela devastação de Israel, atacam estudantes judeus, atacam professores judeus, lembram o que acontecia nas universidades alemãs nos anos 1930”, acrescentou. “É alguma coisa inadmissível. Tem que ser interrompido”, afirmou.
Diversas universidades americanas se tornaram focos de protesto contra a ofensiva militar israelense lançada por Israel em Gaza em resposta à irrupção brutal de comandos islamistas em seu território em 7 de outubro.
Alguns alunos e professores acusam os manifestantes de atos e discursos antissemitas, alguma coisa que outros negam, denunciando tentativas de cercear a liberdade de frase.
Essa arguição se acentuou com a detenção, nos últimos dias, de uma centena de estudantes em universidades de Novidade York, em intervenções policiais solicitadas pelas autoridades acadêmicas.
Duas presidentes de universidades, entre elas a de Harvard, renunciaram a seus cargos há alguns meses, em seguida serem acusadas de não agir com mandamento contra o antissemitismo.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram 1.170 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP a partir de dados oficiais israelenses.
Em resposta, Israel lançou uma operação militar que, até agora, deixou 34.262 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério de Saúde do território, governado pelo movimento islamista Hamas.
No ataque de 7 de outubro, mais de 250 pessoas foram sequestradas, das quais 129 seguem cativas em Gaza. Israel estima que 34 delas morreram.