Aplicativo do Ministério Público vai receber denúncias de crimes ambientais

Um aplicativo criado pelo Ministério Público do Amapá para receber denúncias de crimes ambientais passará a ser usado em todo o país.

O chamado “Radar Ambiental” permite que qualquer pessoa registre a ocorrência, que será distribuída ao órgão responsável e respondida pela Ouvidoria do Recomendação Vernáculo do Ministério Público (CNMP).

A iniciativa faz segmento das ações previstas em um projecto estratégico elaborado para nortear o trabalho do Ministério Público em contextura vernáculo e regional. O documento, divulgado nesta terça-feira (24), elenca ações estruturais e preventivas aliadas à repressão.

Na semana passada, a crítico da CNN Luísa Martins adiantou alguns trechos. Entre eles, a recomendação de suspensão de linhas de crédito concedidas pelo poder público a quem realizar desmatamentos.

Outra medida prevista é a atualização, revisão e estudo do Cadastro Ambiental Rústico (CAR), identificando áreas rurais em risco de incêndios, mormente nas zonas de transição entre biomas e em áreas de preservação permanente.

E mais:

• mapear as operações que envolvam, em quaisquer de seus elos, a utilização insustentável do lume uma vez que instrumento de manejo de terras ou outra atividade econômica;
• estimular a geração, ampliação e integração das plataformas de monitoramento de focos de incêndio;
• produzir um programa padronizado de formação e de credenciamento das brigadas florestais;
• elaborar planos de ação para reparação e mitigação de danos causados por desmatamentos e queimadas em áreas de proteção ambiental;
• firmar Termos de Ajuste de Conduta (TACs) com agências reguladoras de rodovias e proprietários de áreas de cimo risco, estabelecendo medidas preventivas uma vez que a construção de aceiros;
• promover o uso de práticas agrícolas sustentáveis, incluindo inventivos fiscais e políticas locais de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA);
• formular pedidos de suspensão de licenças e autorizações ambientais aos imóveis rurais em que tenha sido detectado desmatamento ilícito, associado ao uso do lume.

O projecto traz ainda ações para monitoramento da qualidade do ar, uma vez que a instalação de estações nas áreas mais afetadas pelas queimadas e nas regiões de elevada densidade populacional.

O documento propõe também o aprimoramento na legislação ambiental, tornando as penas administrativas, cíveis e criminais de incêndio e desmatamento mais rigorosas, muito uma vez que estabelecer as obrigações aos proprietários de imóveis rurais para evitar e reduzir a propagação de queimadas e incêndios florestais.