Podia ter chamado de invasor de terra, mas resolvi conversar, diz Lula sobre como conheceu Boulos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado (24) do primeiro comício em prol da candidatura de Guilherme Boulos (Psol) para prefeito de São Paulo. O superintendente do Executivo disse que o espeque à candidatura do psolista não é um “obséquio” e lembrou uma vez que conheceu o deputado.

“Conheci o Boulos fazendo protesto na frente da minha vivenda, em 2005, no meu primeiro procuração de presidente”, disse em exposição no comício realizado na Zona Sul da cidade, em Campo Limpo.

Lula mencionou que, na estação, voltou a encontrar com Boulos depois o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupar “democraticamente um terreno vazio” da Volkswagen.

“Eu poderia ter rompido com Boulos, poderia ter chamado ele de invasor de terreno, face que só quer disputa, só quer confusão e que está juntando tudo que não presta. Ao invés de fazer isso, eu resolvi me aproximar, resolvi compreender, resolvi conversar, resolvi entender e ser entendido porque uma relação política é uma vez que se fosse uma via de duas mãos”, declarou.

Preço do arroz

Lula também disse ser preciso o governo atuar para “baratear” o preço do arroz. Ele declarou que tem cobrado o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e o ministro da Lavoura, Carlos Fávaro, sobre o tópico.

“Não foi verosímil fazer a importação [do arroz] porque teve um erro na licitação, teve uma denúncia, e nós anulamos a licitação. Mas ele [Paulo Teixeira] sabe e o ministro da Lavoura [Carlos Fávaro] que eu estou no pé deles para baixarem o preço do arroz porque eu disse que ia decrescer o preço da picanha e a picanha baixou”, afirmou.

Em junho, o governo anunciou o cancelamento de um leilão do arroz, depois suspeita de fraude pelo arremate individual do torneio para a empresa Wisley A. de Souza, que teve seu capital social trocado antes do leilão.

O Executivo havia deliberado importar o grão depois a crise provocada pelas fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul – principal estado produtor do maná no país – no mês de maio.

“Eu ando brigando com o Paulo Teixeira porque faz mais de dois meses que eu mandei fazer um leilão para baratear o preço do arroz nesse país. Eu vi um pacote de 5 quilos de arroz a R$ 33. Falei ‘não é verosímil’”, declarou Lula.

Em relação ao cenário econômico, o presidente também disse que o país teve redução no desemprego e que o governo manterá a política de reajustes no salário-mínimo.

“Tem gente que acha que eu não deveria dar o salário para os aposentados e vou continuar dando aumento de salário-mínimo porque é a melhor forma de fazer distribuição de renda”, disse.

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