Netanyahu fará discurso no Congresso americano em momento crítico para Gaza

ABIR SULTAN

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, no dia 16 de julho de 2024

ABIR SULTAN

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fará um exposição no Congresso americano nesta quarta-feira (24) para tentar praticar pressão em um contexto tenso entre estes dois países aliados posteriormente nove meses de guerra em Gaza.

A visitante do dirigente israelense em Washington ocorre em um momento de matinada política nos Estados Unidos, com a tentativa de homicídio de Donald Trump, a desistência de Joe Biden da corrida à Morada Branca e a ingresso de Kamala Harris na disputa, candidata quase certa às eleições de novembro contra o magnata republicano.

Não é a primeira vez que Netanyahu tem a oportunidade de interferir na política americana. Em 2015, utilizou o Congresso dos EUA para tentar pressionar o logo presidente Barack Obama contra um convénio nuclear com o Irã.

O premiê israelense, que faz visitante a Washington à invitação de líderes republicanos do Congresso, discursará em uma sessão peculiar a partir das 18h00 GMT (15h00 em Brasília).

Esta também é a quarta vez (um recorde para um líder estrangeiro) que Netanyahu fala perante o Congresso, um privilégio comumente reservado a dirigentes em visitante de Estado.

Na quinta-feira (25), se reunirá na Morada Branca com o presidente Joe Biden, com quem mantém uma relação complicada, e, no dia seguinte, viajará a Mar-a-Lago a invitação de Trump, com o qual tem um bom relacionamento.

Também está prevista uma reunião com Kamala Harris, que não estará presente em seu exposição devido a problemas de agenda. Segundo o protocolo, a vice-presidente americana deveria presidir a sessão.

– Visitante polêmica –

A visitante do primeiro-ministro israelense, que chegou a Washington na segunda-feira, está causando matinada.

Muitos congressistas democratas estão furiosos com o líder de direita pela forma uma vez que está travando a guerra na Tira de Gaza contra o grupo islamista palestino Hamas, um conflito que deixou dezenas de milhares de civis mortos.

Alguns anunciaram um boicote ao exposição desta quarta-feira.

“Não, Netanyahu não é bem-vindo no Congresso dos Estados Unidos”, escreveu o senador de esquerda Bernie Sanders na rede social X.

O presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, alertou que não tolerará nenhum protesto durante o exposição.

Tapume de 200 manifestantes judeus contrários à guerra foram presos na terça-feira na extensão do Capitólio, o que demonstra o cumeeira nível de tensão na capital americana diante da visitante do premiê.

– Pós-guerra –

Os Estados Unidos são um grande coligado de Israel e seu principal espeque militar. Porém, nos últimos meses, o governo de Biden criticou as consequências da resposta de Israel ao ataque do Hamas em seu território em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.

Segundo o presidente democrata, é preciso proteger mais os civis e permitir a ingresso de ajuda humanitária.

Washington suspendeu a entrega de certos tipos de bombas, irritando o governo israelense.

Netanyahu aproveitará o exposição para tutelar o seu objetivo de expulsar o Hamas e ressaltar a prenúncio representada pelo Irã, posteriormente o ataque sem precedentes de 13 de abril contra Israel.

Até o momento, a prioridade de Biden é pressionar o premiê israelense para que conclua um convénio de cessar-fogo com o Hamas, em um cenário no qual observadores suspeitam que ele está demorando a sentenciar sobre o tema por pressão de membros da extrema direita de seu governo.

Para Washington, trata-se também da preparação para o período pós-guerra. Existe uma enorme intervalo entre a gestão Biden e o governo Netanyahu sobre a perspectiva de geração de um Estado palestino.

“É importante prometer que temos um projecto, que é aquilo em que trabalhamos todos os dias, com os nossos parceiros árabes, com Israel, (…) para a governança, segurança, ajuda humanitária e reconstrução” de Gaza, declarou o encarregado da diplomacia americana, Antony Blinken, na sexta-feira.

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