Maduro desafia críticas de Lula e reforça confiança em eleições na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu, nesta terça-feira (23), às críticas do presidente brasiliano Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
sobre as eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para domingo (28).

Em resposta às advertências de Lula
sobre um verosímil “banho de sangue” se a oposição vencer, Maduro declarou: “Que tome um chá de camomila”. A frase direcionada ao coligado sul-americano reflete a tensão política crescente em torno do pleito.

Sem mencionar diretamente o ex-presidente brasiliano, Maduro reiterou sua posição em uma coletiva de prensa, quando deixou o posicionamento.

“Eu não disse mentiras. Exclusivamente fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila”, reforçou.

O líder venezuelano defendeu que na Venezuela triunfará “a tranquilidade, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita”.

A controvérsia começou depois Lula expressar preocupação com a enunciação de Maduro durante uma coletiva na segunda-feira (23).

“Eu fiquei assustado com a enunciação do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue”, disse o brasiliano.

Lula, um dos aliados mais importantes de Maduro, defendeu o saudação ao resultado das eleições democráticas.

Maduro, por sua vez, enfatizou que suas preocupações são fundamentadas na história recente da Venezuela.

“Eu disse que se, recusado e transmutado, a direita extremista (…) chegasse ao poder político na Venezuela haveria um banho de sangue. E não é que eu esteja inventando, é que já vivemos um banho de sangue”, continuou o o líder venezuelano.

No contexto eleitoral, a principal associação opositora respaldou o diplomata Edmundo González Urrutia porquê candidato, depois a impossibilidade de apresentar María Corina Machado, favorita nas pesquisas mas impedida devido a sanções administrativas.

Maduro, aspirando a um terceiro procuração que o levaria a 18 anos no poder, afirmou responsabilizar em uma “maior vitória eleitoral da história” para aqueles que apoiam seu governo.

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