Sistema criado após Segunda Guerra está à beira do colapso (Anistia Internacional)

JUSTIN TALLIS

A director da ONG Anistia Internacional, Agnes Callamard

JUSTIN TALLIS

A ordem mundial que emergiu da Segunda Guerra Mundial está à extremidade do colapso, devido a vários conflitos e ao uso não regulamentado de perceptibilidade sintético (IA), alerta a Anistia Internacional (AI) em seu relatório anual sobre direitos humanos, divulgado nesta quarta-feira (24).

“Tudo o que vimos nos últimos 12 meses indica que o sistema internacional global está à extremidade do colapso”, disse Agnes Callamard à AFP, coincidindo com a divulgação do relatório “A situação dos direitos humanos no mundo”.

“Nos últimos seis meses, principalmente, os Estados Unidos protegeram as autoridades israelenses do escrutínio internacional motivado pelas múltiplas violações que ocorreram na Fita de Gaza. Ao usarem seu veto contra um cessar-fogo muito necessário, os Estados Unidos esvaziaram o Juízo de Segurança do que deveria estar fazendo”, criticou a director da ONG, sediada no Reino Uno.

Agnes afirmou que as instituições internacionais “que deveriam agir estão falhando”, e questionou se os ideais do “nunca mais” do pós-guerra, que motivaram a geração dessas organizações, ainda existem.

A ONG ressaltou que o Hamas cometeu “crimes horríveis” nas comunidades próximas à Fita de Gaza, mas que Israel respondeu com “uma campanha de punição coletivo”.

No prefácio do relatório, Agnes afirma que, “para milhões de pessoas no mundo, a Fita de Gaza simboliza, agora, o fracasso moral inteiro de muitos dos arquitetos do sistema ulterior à Segunda Guerra Mundial”.

Outros “atores poderosos”, porquê Rússia e China, também “mostram sua vontade de pôr em risco toda a ordem baseada em normas de 1948”, quando a ONU adotou a Enunciação Universal dos Direitos Humanos, alertou a director da AI.

O relatório documenta “a violação flagrante das normas pelas forças russas durante sua invasão contínua em larga graduação à Ucrânia, e o uso da tortura e outros maus-tratos contra prisioneiros de guerra”.

A ONG também acusa a China de agir contra a lei internacional ao “proteger o Tropa birmanês”, apesar dos seus ataques contra civis.

A subida da IA em 2023 também preocupa, por “permitir a erosão generalizada de direitos, perpetuar políticas racistas e difundir informações falsas”, aponta o relatório.

A ONG acusa várias empresas de tecnologia de ignorar ou minimizar essas ameaças, “mesmo em contextos de conflito armado”. Agnes pediu que os governos tomem “medidas legislativas e regulatórias para enfrentar os riscos e danos causados pelas tecnologias de IA”.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios