Waack: Lula volta à ONU com muito discurso e pouco resultado

Em seus três mandatos, o presidente Lula já discursou várias vezes na sede das Nações Unidas em Novidade York, apresentando propostas que, com o tempo, revelaram-se pouco realistas.

Entre essas, destaca-se a teoria de reformar a governança global, inverter a relação de poder entre países ricos e pobres, e promover a tranquilidade em conflitos em várias regiões do mundo.

No entanto, quem prestar atenção ao que Lula diz nesta Reunião Universal das Nações Unidas ouvirá, em grande secção, mais do mesmo.

São, basicamente, as queixas de uma potência regional média — o Brasil — com pouca capacidade de projeção de poder.

Aliás, o país viu diminuir sua liderança na América do Sul e enfrenta dificuldades até mesmo para cuidar de seus próprios desafios, porquê a preservação da Amazônia e seu papel na transição energética, com foco nas mudanças climáticas.

Na atual viagem a Novidade York, Lula participou de eventos que geraram torrentes de palavras bem-intencionadas, mas sem resultados práticos, porquê a chamada Cúpula do Porvir.

Diante disso, parecia pragmático, e até modesto, o pedido que o presidente brasílico fez às agências de classificação de risco: reestabelecer o proporção de investimento que o Brasil já teve e perdeu.

Infelizmente, também esse pedido corre o risco de desabar na gaveta das demandas irrealistas, principalmente por conta da política fiscal e do saliente nível de dívida do país.

É o velho contraste entre o que se diz e o que se faz — ou não se faz.

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