Governo deve retirar urgência da reforma tributária no Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu ao governo que retire a urgência do projeto de regulamentação da reforma tributária.

O texto passou a trancar a tarifa do plenário da mansão nesta segunda-feira (23) porque não foi votado dentro do prazo previsto. Na prática, isso inviabiliza outras votações já previstas.

Entre as preocupações estão a sabatina e a votação da indicação de Gabriel Galípolo ao Banco Mediano, marcadas tanto na Percentagem de Assuntos Econômicos do Senado, quanto no plenário, para 8 de outubro. Com a tarifa trancada, somente a lanço da percentagem seria verosímil.

“Precisaremos de mais tempo para examinar a reforma tributária e temos compromisso de dar a ela prioridade no Senado”, afirmou Pacheco à CNN.

O presidente da Vivenda já pediu ao líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), que operacionalize a retirada da urgência. Na prática, um ofício do governo já resolveria a situação.

A previsão de votação da reforma tributária segue para novembro. Antes do plenário, o texto precisa do aval da Percentagem de Constituição e Justiça.

O pedido de retirada de urgência vem sendo feito reiteradamente pelos líderes do Senado desde a volta do recesso de julho.

Negociações sobre o texto

O texto que trata da regulamentação da reforma tributária já recebeu 1.265 emendas. O gabinete do relator, Eduardo Braga (MDB-AM), tem trabalhado intensamente no texto. Até cá, a equipe do senador já fez mais de 130 atendimentos e ouviu muro de 450 pessoas sobre o objecto.

Braga tem se reunido com representantes de diversos setores que tentam negociar com o Senado o que não foi verosímil com a Câmara ou até mesmo esclarecer pontos do texto final validado pelos deputados.

O texto foi validado pelo plenário da Câmara no dia 10 de julho, com 336 votos favoráveis, 142 votos contrários e duas abstenções.

A proposta trata dos novos impostos criados pela reforma:

  • o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de cultura de estados e municípios;
  • a Imposto sobre Bens e Serviços (CBS), que é federalista;
  • e o Imposto Seletivo (IS).

O texto cria uma espécie de trava para evitar que a alíquota única ultrapasse os 26,5%.

Foi rejeitado o destaque que pedia inclusão de armas e munições no chamado “imposto do perversão”, porquê ficou divulgado o imposto seletivo. Essa é uma discussão que alguns senadores defendem que seja revista na tramitação no Senado.

Posteriormente uma intensa negociação com intermédio do governo, proteínas, queijo e o sal foram inseridos na cesta básica, com isenção totalidade.

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