Dívida precisa cair para país retomar grau de investimento, diz economista à CNN

Em viagem aos Estados Unidos, o ministro da Quinta, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil está prestes a retomar o proporção de investimento. Para compreender melhor a avaliação do país no exterior, o encarregado da equipe econômica se encontrou com agências de classficiação de risco nesta segunda-feira (23).

Essas agências são responsáveis por averiguar o cenário de um país ou empresa e atribuir a ele uma nota. Essa nota classifica o quão perigoso é investir naquele lugar.

A última vez que o Brasil alcançou uma nota tão boa para atingir o proporção de investimento foi em 2008. E para Tatiana Pinho, economista-chefe da Galapagos Capital, o país um pouco longe de retomar esse patamar.

“Precisamos não só da estabilização da dívida, mas que ela entre numa trajetória progénito, porque ela vai estar num patamar saliente quando conseguir estabilizar”, comenta Pinho ao WW desta segunda.

Em julho, a dívida pública bruta do país chegou a R$ 8,83 trilhões, o equivalente a 78% das riquezas totais, o Resultado Interno Bruto (PIB). Segundo a economista, a estimativa é de que a dívida siga subindo e atinja 80% do PIB no final do ano.

“Em 2008, quando alcançamos o proporção de investimento, a relação dívida/PIB estava em trajetória progénito, ou seja, ela já tinha estabilizado e passou a reduzir. À quadra, na verificação com os pares, nossa posição era muito melhor nesse vista”, comenta Pinho.

O governoenfrenta dificuldade para reduzir suas despesas neste ano. Além de ter buscado durante muito tempo aumentar o tamanho das suas contas pelo lado da receita, invés de diminuir as despesas, o Executivo conta com um buraco ainda maior por conta dos gastos bilionários com o combate à queimadas e às enchentes no Rio Grande do Sul.

Se considerados os créditos extraordinários abertos para combater as chuvas no Rio Grande do Sul e as queimadas na Amazônia e Pantanal, o governo federalista vai gastar, neste ano, em torno de R$ 28 bilhões fora do busto fiscal para combater chamados “eventos extremos”.

“Hoje, nós temos uma das maiores relações entre os países emergentes, e estamos crescendo. Nos próximos anos, a projeção é que a dívida continue se elevando. Para ela se estabilizar e depois virar depende de resultados superavitários”, conclui a economista-chefe da Galápagos Capital.

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