Assassino de delegado do Deic cumpria prisão albergue-domicilar e visava corrente de ouro

O procurador jubilado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, morreu posteriormente ser baleado no peito durante uma tentativa de assalto, na manhã de sábado (21), na zona Oeste de São Paulo.

Ele caminhava na Rua Caio Graco com a mulher, Ana Paula Batista Ramalho Soares, que também é policial, e reagiu ao ser abordado por dois homens numa moto.

Um dos criminosos, Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, foi baleado duas vezes pelo procurador e caiu na lajedo, sendo imobilizado por Ana Paula.

Enzo tinha saído da prisão havia menos de quatro meses, posteriormente receber a autorização judicial para trocar o regime fechado pelo albergue domiciliar, em que o réprobo precisa se recolher em mansão à noite e não pode deixar a cidade sem avisar a Justiça.

O parceiro, ainda não identificado, fugiu correndo. Em contato com a CNN, A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou no domingo (22) que as buscas pelo parceiro prosseguem. A possibilidade de participação de um terceiro quidam é investigada.

Recluso quatro vezes

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) lamentou a morte do procurador e informou que Enzo já havia sido recluso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de queimação.

Um vídeo compartilhado por moradores mostra o momento da abordagem. Nele, um varão para uma motocicleta detrás de uma van. Quando o parelha se aproxima, um dos homens vai em direção à lajedo e aparenta anunciar o assalto.

Nesse momento, uma mulher com um carrinho de bebê que estava a poucos metros de intervalo consegue mudar de direção e trespassar rapidamente. Na sequência, há disparos.

O caso ocorreu a poucos metros de intervalo do 7.º Região Policial (Lapa), na Rua Camilo. Perto dali, funcionam também a 1.ª Companhia do 4.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na Rua Vespasiano, e um outro Posto Policial na Rua Espártaco.

Mesmo assim, a Rua Caio Graco e suas imediações são pontos de atenção para roubos na região entre Lapa e Perdizes.

O parelha vivia no bairro, a pouco metros do sítio do assalto, e o intuito dos bandidos seria roubar uma correntinha de ouro do procurador.

Homenagens

Mauro Guimarães Soares era procurador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com experiência em diversos departamentos e delegacias da Grande São Paulo, uma vez que de Barueri e Sorocaba.

Mauro Guimarães Soares, procurador morto em tentativa de assalto • Reprodução

Era de classe privativo, a filete mais subida da curso e pertencia a uma tradicional família de policiais.

Seu irmão, o procurador Maurício Guimarães Soares, foi diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Os dois são filhos do procurador Acrisio Soares, da cúpula da polícia nos anos 1980. Sua mulher, Ana Paula, foi subdelegada universal e dirigiu a Ateneu de Polícia Doutor Coriolano Nogueira Serpente (Acadepol).

O procurador recebeu homenagens de colegas e políticos. “Todos os culpados serão presos e devidamente punidos. Meus sinceros sentimentos à família, amigos e toda a corporação”, escreveu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em suas redes sociais. Já o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite (PL-SP), disse: “Que Deus abençoe os familiares, amigos e colegas”.

(Com informações do Estadão Teor)

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