Região Norte teve demanda recorde de energia horas antes do apagão no Acre e Rondônia – ac24horas.com

A região Setentrião do Brasil teve uma demanda recorde por robustez horas antes do apagão que deixou os Estados do Acre e de Rondônia sem eletricidade na quinta-feira (22), segundo o Informativo Preparatório Quotidiano da Operação (IPDO), documento do Operador Vernáculo do Sistema Elétrico (ONS) que registra as ocorrências da operação.

De convénio com o relatório, às 14h17 (horário de Brasília) houve indicação de recorde de demanda máxima no submercado Setentrião no valor de 9.158 megawatt (MW), ou seja, três horas antes do desligamento do sistema de transmissão em fluente contínua do Multíplice Madeira, além do sistema de transmissão em 230 kV que interliga os Estados do Acre e Rondônia ao Sistema Interligado Vernáculo (SIN). O recorde anterior era de 9090 MW, ocorrido em 26 de setembro de 2023.

O documento diz que às 16h47 (horário de Brasília) houve o bloqueio automático do polo 3 do Bipolo 2, conversoras back to back 1 e 2 (equipamento que permite conectar sistemas que estão em frequências diferentes) e o desligamento automático das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio do Multíplice do Madeira. Houve ainda o desligamento do sistema Acre-Rondônia interrompendo 187 MW de trouxa no Estado do Acre e 797 MW de trouxa no Estado de Rondônia. O restabelecimento totalidade das cargas dos Estados do Acre e de Rondônia ocorreu somente às 20h40.

O ministro de Minas e Vontade (MME), Alexandre Silveira (PSD/MG), determinou a buraco imediata de sala de situação, com participação do ONS, da Escritório Vernáculo de Vontade Elétrica (Aneel) e do corpo técnico do ministério, para prometer presteza à recomposição do sistema e escoltar as demais tratativas sobre a ocorrência. Procurada, a pasta disse que as causas da ocorrência ainda estão sendo investigadas.

A Energisa, concessionária de robustez que atende aos dois Estados, disse que o apagão afetou tapume de 218 milénio consumidores no Acre e 572 milénio clientes em Rondônia, respectivamente, 75% e 84% da base de clientes desses Estados.

Valor Econômico