Novo Lamborghini Temerario: supercarro híbrido passa dos 340 km/h

A Lamborghini aproveitou a Monterey Car Week, na Califórnia (Estados Unidos), para o pregão global do seu novo supercarro, substituto do Huracán: o Temerario.

Assim porquê aconteceu quando a Lamborghini anunciou o sucessor do padrão flagship da marca, o Revuelto (que substituiu o Aventador), o Temerario recebeu um conjunto híbrido. Mas, diferentemente do Revuelto, que manteve um motor aspirado, o Temerario traz agora um novo motor sobrealimentado.

Com um V8 biturbo trabalhando em conjunto com três motores elétricos, o Temerario gera 920 cv de potência e 800 Nm de torque, e é capaz de aligeirar de 0 a 100 km/h em 2,7 segundos. A velocidade máxima é de 343 km/h.

O design renovado do Temerario inclui, no exterior, elementos herdados do Huracán unidos a novos elementos poligonais, com soberania de hexágonos. No interno, mais telas e formas herdadas do Revuelto.

De conformidade com a Via Italia (representante solene da marca no Brasil), ainda não há previsão de chegada do padrão no país, nem preço estabelecido. Estima-se, com base no preço do seu predecessor, que deva passar dos R$ 4,5 milhões.

Valimento histórica

Em 2003, já há seis anos sob o comando da Audi, a Lamborghini Automobili apresentou ao mundo seu novo supercarro “de ingresso”: o Gallardo. Menor e com dois cilindros a menos no motor que o irmão mais velho Murciélago, o Gallardo foi fabricado por dez anos e foi, até a chegada do SUV Urus, o Lamborghini mais vendido da história (com mais de 14 milénio unidades produzidas).

A primeira geração do Gallardo contava com um V10 5.0. O ronco agudo e melódico e o design escultural fizeram com que o carruagem se tornasse o padrão dos pôsteres dos quartos de muitas crianças e adolescentes da idade. A proposta do Gallardo era ser um carruagem com melhor usabilidade, quando comparado ao Murciélago. Em 2006, foi lançada a versão conversível do Gallardo.

A princípio, o Gallardo vinha com tração integral. Havia duas opções de câmbio: um manual, de seis marchas, e um manual automatizado, de embreagem simples, com opção de trocas manuais nas borboletas acopladas à poste de direção, câmbio que a Lamborghini batizou de “E-gear”.

Em 2008, o Gallardo passou por um facelift de meia-vida. Além do visual repaginado, o carruagem ganhou mais potência e torque. A capacidade cúbica do motor V10 aumentou para 5.2 L. Esse motor passou a ser compartilhado com o Audi R8. Em algumas versões, a tração traseira passou a ser opcional.

As opções de câmbio continuaram as mesmas, mas, na idade, o E-gear já era criticado por proprietários e pela prelo por ser lento e invasivo nas trocas de marcha.

Em 2013, foi encerrada a produção do Gallardo. No ano seguinte, foi lançado seu sucessor: o Lamborghini Huracán.

O padrão mantinha o que eram qualidades do seu predecessor, porquê o V10 aspirado (que passou a gerar 610 cv de potência e 560 Nm de torque), e trazia mudanças naquilo que não era tão bom: o câmbio automatizado de embreagem simples deu lugar a um câmbio de dupla embreagem, com trocas muito mais rápidas e suaves. O câmbio manual deixou de ser oferecido porquê opcional. A modernização da cabine, e o aumento da tecnologia embarcada, foi brutal.

Nos dez anos que se seguiram, o nome Huracán foi mantido nas evoluções do padrão que havia sido lançado em 2014. Foram lançadas também versões conversíveis, versões com tração traseira e versões semi-pista, assim porquê foi o caso com o Gallardo.

Havia limitações no quanto a engenharia era capaz de extrair, em termos de performance, do V10 naturalmente aspirado. A última versão lançada do Huracán é somente 120 cv mais potente que a primeira Gallardo.

Para se manter competitiva – visto que os mais recentes lançamentos de Ferrari e McLaren possuem números “astronômicos” de potência e torque – e também aprazer os clientes que ansiavam por uma modernização do conjunto motor dos carros, a Lamborghini transformou o seu famoso V10 em peça de museu com o novo Temerario.

O repto não era simples, já que era preciso mudar a fórmula sem desgostar a grande parcela de clientes e entusiastas mais “puristas”, que certamente torceriam o nariz caso o sucessor do Huracán trouxesse um conjunto híbrido com motor pequeno ou 100% elétrico.

A solução encontrada pela marca italiana foi combinar um motor com dois cilindros a menos – e duas turbinas a mais – com três motores elétricos. A perda do ronco melódico do motor aspirado seria justificada pelo lucro colossal de potência e torque: o Temerario gera 280 cv de potência e 235 Nm de torque a mais que o Huracán.

Mudar sem perder a núcleo

Buscando tanto não decepcionar a parcela mais purista do público, que nutriz a visceralidade e o “drama” dos motores Lamborghini, quanto manter a sensação de linearidade de entrega de potência e torque de um motor aspirado, a Lamborghini optou por utilizar no Temerario um V8 biturbo dissemelhante daquele do SUV Urus.

A marca logo desenvolveu um V8 de virabrequim projecto, capaz de remoinhar a 10 milénio rotações por minuto. A teoria é unir o melhor dois dois mundos, agradando o maior número provável de clientes potenciais.

A Ferrari fez um pouco parecido com o V6 biturbo do 296 GTB. Inclusive, o motor foi denominado pela própria marca de “piccolo V12″, justamente pelas semelhanças em funcionamento e ronco aos V12 tradicionais da marca. E a fórmula deu evidente: O 296 caiu no sabor do público consumidor e dos entusiastas.

A Lamborghini logo tinha um case de sucesso no qual poderia se espelhar e tentar entregar ainda mais – e entregou (ao menos em números): o conjunto motor do Temerario produz 90 cv de potência e 60 Nm de torque a mais do que o 296 GTB.

O Lamborghini também atinge os 100 km/h mais rapidamente que seu rival italiano em 0,2 segundos e tem velocidade máxima mais subida.

Os avanços, obviamente, têm um preço. Para além de mudanças de caráter mais subjetivo, porquê a perda de um ronco mais orgânico e de uma analogicidade (que, na prática, já não existia mais), há um fator negativo do uso de uma motorização híbrida em um esportivo: o lucro de tamanho.

O Temerario é 268 Kg mais pesado que o Huracán Evo (última versão com tração integral do Huracán), pesando 1.690 Kg (sem fuidos). Isso pode não ser um número tão significativo em um carruagem de passeio, mas é muito peso no mundo dos esportivos. O repto, para os engenheiros, é fazer com que o carruagem mantenha uma dinâmica de meio de esportivo, mesmo com o peso extra.

Novas tendências

Existem duas tendências na indústria de superesportivos na atualidade que quase todas as marcas estão seguindo: a de rechear a cabine com gadgets e telas e a de oferecer diversas opções de personalização nos seus carros.

A cabine do Temerario ficou muito mais tecnológica que a de seu predecessor. O tela de instrumentos permanece sendo do dedo.

No console meão, com design “flutuante”, uma tela sensível ao toque abriga as principais funções multimídia e de assistência ao motorista. Uma terceira tela, do lado do passageiro, traz informações referentes a performance do carruagem, porquê velocímetro e conta-giros.

O interno do Lamborghini Temerario segue a risco do Revuelto: muitas telas e tecnologia embarcada • Lamborghini / Divulgação

No volante multifuncional, o motorista encontra setas para controlar o que é mostrado no tela de instrumentos, comandos de faróis e limpadores de para-brisas.

Quatro botões com seletores se destacam: o primeiro deles, ilustrado com uma bandeira quadriculada, é o seletor de modos de meio e launch control. O segundo controla os modos de suspensão e a ergue se necessário. O terceiro botão controla os modos elétricos e híbridos e a regeneração da trouxa da bateria. E, por término, o quarto botão corresponde a uma funcionalidade batizada de Drift Mode.

O Drift Mode, porquê o nome sugere, permite que o carruagem fique mais “solto” (para transpor de traseira), ou que a eletrônica dê mais assistência ao piloto. A funcionalidade possui três estágios. Carros da McLaren e Ferrari já possuem modos semelhantes há qualquer tempo, mas essa é a primeira vez que vemos essa função em um Lamborghini.

Quando falamos em itens configuráveis, além da paleta generalidade de opcionais, o cliente pode submergir no programa Ad Personam da Lamborghini, em que as opções de personalização são quase infinitas.

Rodas e spoiler dianteiro em fibrilha de carbono: itens do Alleggerita Package • Lamborghini / Divulgação

A Lamborghini também oferece um pacote focado em refrigério de peso, o Alleggerita Package, que diminui o peso do carruagem em 25 Kg e melhoram a eficiência aerodinâmica. O pacote inclui:

  • rodas em fibrilha de carbono
  • saias laterais em fibrilha de carbono
  • spoiler dianteiro em fibrilha de carbono
  • aerofólio traseiro em fibrilha de carbono
  • tampas do motor em fibrilha de carbono

Com a chegada do Temerario, agora todos os modelos de produção em risco da Lamborghini possuem conjuntos híbridos.

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