Lula diz que Anvisa precisa andar “um pouco mais rápido” na liberação de medicamentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (23), que a Filial Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa “marchar um pouco mais rápido” para sancionar os pedidos de registro de medicamentos.

“Não é provável o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera. Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver”, completou.

À CNN, a Anvisa disse em nota que “O que determina que “remédios” só possam ser comercializados no país com a “liberação” da ANVISA é a Lei”. A dependência ainda diz que o atual Governo Federalista foi alertado que o número insuficiente de servidores “traria impacto no cumprimento da missão da Filial”.

A enunciação de Lula foi dada durante inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, o maior laboratório farmacêutico no Brasil.

O espaço será voltado para a produção de químicos usados no tratamento de diabetes e de obesidade. Os peptídeos, ao agirem de forma semelhante a um hormônio oriundo, ajudam nos efeitos colaterais dos pacientes e são de menor dispêndio.

De entendimento com o governo, essa é a primeira fábrica do tipo no Brasil. O investimento foi de R$ 70 milhões, sendo R$ 48 milhões de financiamento do BNDES.

“Vocês são testemunha que voltamos ao governo em um momento de negacionismo nunca visto na história do país. Eu nunca pensei em viver até um dia que eu conhecesse alguém que dissesse que não é bom tomar vacina”, afirmou Lula.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também presente na cerimônia, afirmou que a iniciativa era um importante encontro da cultura e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federalista.

“É o lançamento do primeiro medicamento produzido no país para diabetes e obesidade de forma inovadora. É um momento de muito orgulho e muita expectativa com relação a esse trabalho”, completou a ministra.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a preço do investimento em iniciativas de saúde que foquem na produção vernáculo de matérias-primas ou medicamentos.

“O Brasil hoje tem um déficit no setor de saúde de R$14,7 bilhões, nós importamos mais do que exportamos. Essa fábrica que visitamos hoje vai inverter essa lógica do grupo EMS, que vai passar a ser exportador, vai gerar superávit mercantil, vai gerar mais serviço, mais oportunidade, mais pesquisa e mais inovação”, defendeu.

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