Ao lado de Biden, presidente do Quênia promete acabar com gangues no Haiti

ROBERTO SCHMIDT

O presidente do Quênia, William Ruto, prometeu que o envio próximo de uma missão de tropas do seu país para o Haiti terá o objetivo de finalizar as gangues criminosas que devastam a pátria caribenha, a mais pobre das Américas, atolada em uma grave crise política, social e econômica.

Ao lado do presidente dos EUA, Joe Biden, que ofereceu ajuda financeira e logística para a missão no Haiti, Ruto destacou que a força visa “proteger aquele país e finalizar com as gangues e criminosos que têm causado um sofrimento indescritível”.

As declarações de Ruto ocorreram no contextura de uma visitante de Estado, nesta quinta-feira (23), a Washington, onde foi recebido com toda pompa e condição por Biden, que o considera um coligado privilegiado no continente africano.

Os dois líderes realizaram uma reunião bilateral no Salão Oval que incluiu o tema Haiti.

“Gangues e criminosos não têm entidade. Não têm religião”, disse Ruto em uma coletiva de prensa na Mansão Branca, garantindo que a missão queniana “atuará com firmeza e decisão, dentro dos parâmetros da lei”.

Questionado se a missão do Quênia conseguirá derrotar as gangues que mantêm o Haiti à cercadura da desorganização, Biden respondeu: “Sim”.

“Esta é uma crise. Eles são capazes de mourejar com ela”, acrescentou.

Os Estados Unidos, que têm um longo histórico de intervenções no Haiti e não queriam assumir esse papel diretamente, trabalharam arduamente para encontrar alguém que concordasse em liderar uma missão no país caribenho.

“Nós nos encontramos em uma situação em que queremos contribuir o supremo provável, sem que isso resulte, mais uma vez, nos Estados Unidos tendo que determinar o que deve ser feito”, disse Biden.

O Governo do Quênia, país encarregado de liderar uma missão internacional apoiada pela ONU, anunciou no domingo que o envio de tropas começará “nos próximos dias, nas próximas semanas”, disse a repórteres Korir Sing’oei, secretário principal do Ministério das Relações Exteriores queniano.

A missão, aprovada em outubro pelo Juízo de Segurança da ONU, foi adiada devido à instabilidade que prevalece no Haiti e a várias ações apresentados à justiça queniana contra a operação.

Além do tema Haiti, o presidente democrata anunciou que pretende nomear o Quênia uma vez que o primeiro grande coligado dos Estados Unidos não pertencente à Otan na África Subsaariana.

“Ressaltando a valimento da nossa relação estratégica, o presidente Biden anunciou sua intenção de nomear o Quênia uma vez que um importante coligado não pertencente à Otan”, afirmou um enviado emitido pelos dois líderes.

Esta é uma designação solene que confere privilégios militares e diplomáticos aos países que têm tal status – atualmente 18 no mundo – mas sem uma garantia formal de segurança. Deste modo, o Quênia se tornaria o primeiro país subsaariano da lista.

Ruto é também o primeiro líder africano desde 2008 a ser honrado com uma visitante de Estado – o mais cimo nível de valimento diplomática – por Washington.

Os Estados Unidos veem o Quênia uma vez que um símbolo dos valores da democracia e do dinamismo econômico que pretendem promover no continente africano, uma vez que forma de contrapor as ambições de China e Rússia.