Brasil não enxerga o Brics como um grupo bélico, diz analista ao WW
O exegeta político Caio Junqueira ofereceu ao WW desta terça-feira (22) seu ponto de vista sobre a percepção do Brasil em relação ao Brics, grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Segundo ele, a diplomacia brasileira não vê o conjunto uma vez que uma federação militar, mas sim uma vez que uma entidade econômica que pode proporcionar maior autonomia em relação ao Oeste.
Junqueira explicou: “Eu não vejo que o Brasil enxerga o Brics uma vez que um conjunto bélico, um conjunto militar, ou um conjunto para legitimar invasões de outro país. A diplomacia brasileira enxerga uma vez que um conjunto econômico e não um conjunto antiocidental, mas um conjunto em que o Brasil pode se declarar, entre aspas, independente em relação ao Oeste.”
Expansão do Brics e Diplomacia Brasileira
O exegeta também comentou a expansão do grupo, mencionando que 12 países estão sendo considerados para se tornarem parceiros do Brics.
Entre eles, destacou a inclusão de Bolívia e Cuba, apoiados pelo Brasil, refletindo o alinhamento do governo brasílio com esses países.
Junqueira ressaltou uma “vitória” diplomática brasileira: a exclusão da Venezuela da lista de potenciais parceiros.
“A Venezuela parece que não entrou nessa lista muito pela intermediação da diplomacia brasileira, de não descobrir que ela colaboraria. Simples que é uma retaliação ao indumento da Venezuela não ter colaborado com o governo brasílio”, explicou.
Outros países mencionados uma vez que possíveis parceiros incluem Belarus, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Esta expansão demonstra o crescente interesse global no conjunto e sua influência econômica.