Manifestações pró-palestinos aumentam a tensão em universidades americanas

CHARLY TRIBALLEAU

A tensão reina em muitos campi nos Estados Unidos, principalmente no da Universidade de Columbia, em Novidade York, onde manifestações pró-palestinos e o oração antissemita se intensificam, quatro meses posteriormente a destituição de duas reitoras.

No campus de Columbia, centenas de estudantes estavam mais determinados do que nunca a manter o acampamento montado no jardim, enfrentando a reitora Nemat Shafik, que suspendeu nesta segunda-feira (22) as aulas presenciais.

Os estudantes querem que a instituição rompa os laços financeiros com Israel, um aliado-chave dos Estados Unidos.

“Permaneceremos cá até que falem conosco e ouçam as nossas demandas”, disse a estudante mexicana Mimí Elías, suspensa pela universidade posteriormente ser detida com uma centena de estudantes na última quinta-feira.

“Noventa e nove por cento de nós estamos cá pela libertação da Palestina”, ressaltou a aluna. “Cá não queremos antissemitismo nem islamofobia.”

Na ingresso do acampamento, um grupo de voluntários distribui máscaras e controla quem entra. Uma placa proíbe o consumo de álcool e drogas.

O grupo promete não publicar detalhes sobre as pessoas envolvidas. Nos periferia da universidade, manifestantes pedem “Liberdade para a Palestina!”, sob o olhar cauteloso de dezenas de policiais, que fecharam alguns acessos ao metrô e instalaram cercas nas calçadas.

A ruína da Fita de Gaza por Israel posteriormente o ataque do Hamas em 7 de outubro multiplicou as manifestações pró-palestinos nas cidades e universidades americanas e gerou uma vaga de antissemitismo condenada pelo presidente Joe Biden.

– ‘Instrumento péssima’ –

Em seguida a mediação policial de quinta-feira, os estudantes aumentaram os protestos, não só em Columbia, mas também em outras universidades do país.

As manifestações se intensificam na Universidade de Yale, onde 47 pessoas foram detidas, segundo a instituição, e em Harvard, onde o parque que fica no coração do campus foi fechado ao público.

A mediação foi “a opção nuclear”, lamentou o professor Joseph Howley, que faz segmento de um grupo pró-palestinos. “A universidade recorreu a uma instrumento péssima. Não somente se equivocou, mas também piorou a situação.”

Howley diz que em Columbia há estudantes judeus que não querem permanecer no campus, porque não se sentem confortáveis com o protesto, mas há outros que foram suspensos e detidos porque participam dos protestos e se sentem excluídos pela instituição.

– ‘Liberdade de frase’ –

Para uma estudante de arquitetura de 21 anos que preferiu não ser identificada e que não participa dos protestos, o que está em jogo no campus é a liberdade de frase.

“Uma das coisas mais importantes de ser estudante é poder explorar e expor o que você precisar expor sem ser repreendido e sem que a polícia de Novidade York venha ao campus e te prenda, seja qual for o seu ponto de vista”, diz a aluna.

Para Joseph Howley, o conflito é causado pela “extrema direita americana, que faz desculpa geral com a extrema direita sionista hegemônica para suprimir o oração político que não lhes agrada. Hoje, é o oração sobre Israel e os palestinos. Na semana que vem, será sobre raça, gênero, vacinas ou o clima.”