Sucessão de Lira: Motta diz confiar em consenso para ser eleito e prega fim de radicalismos

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) falou pela primeira vez porquê candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, nesta segunda-feira, 21. O parlamentar se definiu porquê representante de uma “candidatura de convergência”, já defendida anteriormente por Lira, e afirmou ser contra radicalismos, além de pregar o diálogo entre os Três Poderes.

Candidatura de Consenso e Diálogo

“Nossa candidatura é em prol de Moradia, queremos simbolizar os desejos dos parlamentares. Precisamos trespassar de uma agenda de radicalização, com diálogo entre os poderes. Tenho crédito de que conseguiremos erigir uma candidatura de consenso, da extrema direita à extrema esquerda, para que tenhamos a Moradia funcionando, com cada um defendendo as pautas que considerar mais importantes para o país”, afirmou Motta ao final de um evento realizado em São Paulo.

Motta chegou ao lugar escoltado de Lira, o que mostra o alinhamento entre os dois e explicita o espeque do atual presidente da Câmara ao seu nome.

Lira e o Isolamento de Elmar

A aliados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse não confiar na formação de um conjunto governista para a sua sucessão na presidência da Moradia. Em conversa com parlamentares próximos, Lira teria dito que a frente de partidos para a constituição de uma “candidatura de convergência” já estaria montada. Hoje, o alagoano apoia Hugo Motta para ocupar sua cadeira a partir do ano que vem.

Lira não acredita nas candidaturas de Elmar Promanação (União) ou Antônio Brito (PSD), que poderiam permanecer isolados. Durante as conversas, ele afirmou que “União e PSD, juntos, equivalem a uma coligação do PSOL com o NOVO”.

Escora do PT e do PL a Hugo Motta

O presidente da Moradia tem demonstrado crédito de que tanto o PL, de Jair Bolsonaro, quanto o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiarão Motta. O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (PT), afirmou que a tendência é de espeque à candidatura que “mantenha o blocão” – o que hoje é representado por Motta.

“O PT está discutindo qual é a tese que nós vamos deliberar: se vamos deliberar pela permanência no Blocão, ou se vamos produzir um novo conjunto cá na Moradia. Essa é a discussão mediano. E nessa tese de permanência, nós temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Motta. Logo esse é um debate que está posto e vamos aprofundar. Estamos em processo de consultas”, declarou Cunha.