Vice-governador de São Paulo fala à CNN sobre ações de segurança na Cracolândia
O Ministério Público de São Paulo denunciou 11 pessoas envolvidas em um esquema criminoso do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Cracolândia, na região meão da capital.
A investigação, que durou um ano e meio, revelou uma estrutura complexa que controlava o tráfico de drogas, o negócio ilícito de peças de veículos e celulares, além de manter um esquema de depravação de agentes públicos que extorquiam comerciantes locais.
Em entrevista à CNN, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), detalhou as ações integradas que levaram ao desmonte dessa organização criminosa.
Operação integrada
Segundo Ramuth, a operação, que contou com a integração entre órgãos públicos diversos, incluindo a Polícia Social, Polícia Militar, Anatel, Polícia Rodoviária Federalista e Receita Federalista, resultou no bloqueio de 44 imóveis na região meão.
Entre eles estão ferros-velhos, hotéis utilizados pelo tráfico e outros estabelecimentos ligados à prostituição ou ao armazenamento de drogas.
Segundo o vice-governador, depois a implementação das ações de segurança, a capital registrou uma queda de 60% nos roubos na região meão, se comparado à mesma semana de 2023.
Aliás, Felicio destacou a redução no número de usuários nas cenas abertas de uso de drogas, passando de murado de 4 milénio para 250 a 300 durante o dia.
Ações de saúde e assistência social
Dentro do planejamento das ações na Cracolândia, o vice-governador destacou atividades nas áreas de saúde e assistência social.
“Nós atendemos mais de 40 milénio usuários. Murado de 16 milénio foram encaminhados ou para internações em hospitais especializados ou para protecção em comunidades terapêuticas”, informou.
Apesar dos avanços, desafios persistem, uma vez que o latrocínio de celulares, que continua sendo uma preocupação. Para enfrentar esse problema, o governo implementou o programa Smart Sample, com câmeras inteligentes e totens de segurança em pontos estratégicos da cidade.