CCJ aprova projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa

A Percentagem de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federalista aprovou nesta quarta-feira (21) o Projeto de Lei (PL) 192/2023, que diminui o tempo pelo qual políticos condenados criminalmente podem permanecer inelegíveis pela Lei da Ficha Limpa. O texto agora vai a plenário.

O projeto propõe que o prazo de inelegibilidade continue sendo de oito anos, mas que ele passe a ser exposto a partir da sentença do político e tenha uma vez que limite 12 anos.

Hoje, a narração dos oito anos é iniciada somente depois o candidato já ter cumprido pena. Isso significa que, se um político é réprobo a cinco anos de prisão, por exemplo, na prática, ele fica inelegível por 13 anos ou mais, considerando o prazo em que condenados podem recorrer das decisões da Justiça antes de executar pena.

Esse tempo é considerado desproporcional por alguns congressistas.

“Desincompatibilização” para eventuais candidatos

Outra mudança no texto é no prazo da chamada “desincompatibilização”, que é o tempo que profissionais uma vez que funcionários do Ministério Público, da Defensoria Pública ou policiais devem estar afastados do missão para poderem concorrer a uma eleição.

O projeto aumenta esse prazo de quatro para seis meses.

O texto foi proposto pela Câmara dos Deputados e autenticado em 2023. A intenção inicial era de que as novas regras já valessem para as eleições municipais deste ano, mas o projeto ficou parado no Senado.

Mesmo se for sancionado pelo presidente antes do pleito de outubro, as mudanças só serão válidas depois um ano da sanção.

No Senado, o projeto recebeu 12 emendas, todas rejeitadas pelo relator Weverton Rocha (PDT-MA).

A justificativa dada por ele é de que qualquer mudança no texto faria com que ele precisasse retornar à Câmara, atrasando “de modo inoportuno” a aprovação da proposta.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios