
PMs e CACs são alvos de operação por desviarem armas para facções
Armas e munições apreendidas pela Polícia Federalista
Uma força-tarefa liderada pela Polícia Federalista da Bahia deflagrou nesta terça-feira (21) uma operação para desmantelar uma organização criminosa composta por vários policiais militares dos estados da Bahia e Pernambuco, além de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e comerciantes de armas e munições.
Segundo a investigação, há um esquema multimilionário de venda ilícito de armas e munições para as maiores facções dos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas – a Justiça baiana expediu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de procura e mortificação nesses três estados.
Grande secção dos artefatos foram desviados por meio de um esquema fraudulento de inserção de informações falsas nos sistemas oficiais de controle e fiscalização.
De concórdia com o Coaf, um sargento da PM de Petrolina (PE) movimentou tapume de R$ 2,1 milhões em pouco mais de seis meses entre os anos de 2021 e 2023, o que é totalmente incompatível com os rendimentos de sargento da Polícia Militar, segundo as investigações.
Oriente mesmo sargento comandava o grupo, que chegava a vender tapume de 20 armas de queimação por mês.
Durante a operação, a Justiça determinou o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos envolvidos, além da suspensão da atividade econômica de três lojas de venda de material bélico.
A operação foi promovida por 300 Policiais Federais, grupos táticos da Polícia Militar da Bahia, Polícia Militar de Pernambuco, além de promotores do Gaeco da Bahia e de Pernambuco, e membros do Tropa.
Ainda, as investigações apontam que os armamentos eram utilizados para assalto a carros fortes e instituições financeiras, muito porquê em operações conhecidas porquê domínio de cidades, uma modalidade chamada de novo cangaço.
Falsificação
Segundo a investigação, uma prática geral da organização envolvia a falsificação de Certificados de Registro de Arma de Queimada (CRAFs) para comprar armamentos em lojas regulamentadas.
Um dos investigados, segundo a PF, agia junto com sua companheira e era responsável pelo envio de armas de queimação para as cidades de Eunápolis (BA), Porto Seguro (BA) e Juazeiro (BA). Ele realizou 25 transações via PIX, totalizando R$ 77.150,00, enquanto sua companheira transferiu R$ 108.910,00 em somente 65 dias para um mercador de armas.
Um relatório do COAF aponta que um policial militar investigado movimentou R$ 2,7 milhões. A quebra de sigilo de dados telemáticos revela que ele comprou armas e munições em Salvador.
Ainda, o proprietário da loja bélica Mercantil Taurus, em Arapiraca (AL), recebeu tapume de R$ 700 milénio em um ano de um dos investigados pelo tráfico de armas. Segundo a operação, há três anos o empresário realiza a compra ilícito de munição.
De concórdia com a decisão da Justiça, as lojas envolvidas tiveram suspensão das atividades econômicas, porque os estabelecimentos, “por meio de prepostos e sócios, facilitaram sobremaneira a circulação de armas e munições ilegais com inserção de dados fictícios referentes aos respectivos compradores”.
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