
Brasil, Colômbia e México voltam a cobrar que Venezuela divulgue atas de votação
Os governos do Brasil, da Colômbia e do México divulgaram um expedido conjunto nesta quinta-feira, 1º, pedindo que a Venezuela publique os dados da eleição depois “controvérsias”.
A Venezuela se encontra em um impasse depois o Recomendação Pátrio Eleitoral (CNE) ter dito o atual presidente, Nicolás Maduro, porquê vencedor da eleição deste domingo, 28.
No entanto, a oposição alega fraude e defende que o vencedor foi o candidato oposicionista Edmundo González. Além do movimento de oposição, governos de outros países — porquê a Argentina e o Peru — apontam irregularidades no pleito e não reconheceram o resultado.
Antes de a nota ser divulgada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou remotamente com os presidentes Manoel Lopez Obrador, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, sobre a crise eleitoral na Venezuela. Participaram também, do lado do Brasil, o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e o assessor peculiar da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, informou a EFE.
O Brasil já havia solicitado ao CNE — órgão controlado na prática por Maduro — a apresentação das atas eleitorais. A poder eleitoral venezuelana ainda não fez isso, mesmo depois 4 dias da divulgação do resultado.
Brasil, México e Colômbia seguem em sua posição de nem reconhecer nem rejeitar o resultado eleitoral. Por enquanto, os países esperam pelas atas.
Veja a íntegra do expedido
Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio porvir.
Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.
As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação justo dos resultados.
Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a termo de evitar uma escalada de episódios violentos.
Manter a tranquilidade social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.
Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso integral reverência pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para concordar os esforços de diálogo e procura de acordos que beneficiem o povo venezuelano.