Análise: Para Israel, atacar o Líbano é menos arriscado do que enfrentar o Irã
As Forças de Resguardo de Israel (FDI) confirmaram, nesta sexta-feira (20), um ataque a um claro na capital do Líbano, Beirute, em meio a combates com o grupo Hezbollah.
O incidente marca uma escalada significativa no conflito regional, levantando preocupações sobre uma provável expansão da guerra para além das fronteiras de Gaza.
A comentador de Internacional Fernanda Magnotta observa um deslocamento no eixo do conflito.
“Até recentemente, a principal prenúncio existencial parecia ser um enfrentamento direto entre Irã e Israel. Agora, vemos um movimento em direção ao Líbano”, explica.
Operação geopolítico e riscos
A comentador ressalta que, embora o Hezbollah esteja oficialmente sediado no Líbano, o grupo depende significativamente de escora político e financeiro do Irã.
“Essa mudança pode indicar que Israel considera menos aventuroso enfrentar o Líbano do que confrontar diretamente o Irã”, pondera Magnotta.
O ataque israelense ao Líbano levanta questões sobre porquê o Irã responderá a essa aparente triangulação do conflito.
A reação de Teerã pode ter implicações significativas para a firmeza regional e o desenrolar dos eventos nos próximos dias.
Crise política interna em Israel
Paralelamente à escalada externa, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta uma crescente crise de popularidade interna.
Pesquisas recentes indicam que tapume de 66% dos israelenses desejam que Netanyahu deixe a política, com possante pressão para o desmantelamento da coalizão que o apoia na Knesset, o Parlamento israelense.
“Existe um possante clamor público por eleições antecipadas”, afirma Magnotta. A comentador questiona se os ataques ao Líbano serão capazes de virar a impopularidade de Netanyahu ou se aprofundarão ainda mais a crise doméstica.
O debate público em Israel tem se intensificado, com críticas às motivações de Netanyahu, vistas por muitos porquê baseadas mais em interesses políticos do que no bem-estar vernáculo.
A evolução desse conflito poderá prescrever se o primeiro-ministro conseguirá manter-se no poder ou se ficará cada vez mais solitário politicamente.