A Democracia agradece

Reprodução/Instagram

Donald Trump e Kamala Harris

“A Democracia enfrenta um imenso duelo ao volta do planeta, talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial.”

Oração do Lula
ao ser diplomado Presidente da República no TSE,
em 12/12/2022

Com o fortalecimento da extrema direita,
o mundo passa por um momento muito frágil que coloca em risco valores democráticos e humanistas reunidos em séculos de história. A sanha predatória da direita mais desqualificada pressupõe a derrubada de conquistas civilizatórias, que não representam um ou outro partido político, mas o acúmulo de conhecimento de gerações em nome de um mundo mais justo, mais igual e mais solidário.

Quando o Presidente Lula
resolveu enfrentar o portanto presidente Bolsonaro,
que buscava a reeleição, ele deixou explicitado que aquela eleição era o confronto entre a barbárie e a cultura. Ele me disse exatamente isso, na minha lar, quando da sarau da diplomação no Tribunal Superior Eleitoral.

Se a extrema direita tivesse conseguido a reeleição do Bolsonaro,
o país estaria em um abisso sem fundo. O desmantelamento de todas as conquistas civilizatórias e o termo de todos os avanços sociais são a base desse grupo que preza ser machista, armamentista, misógino, racista e preconceituoso. A política de terreno arrasada visa formar indivíduos sem estudo sátira e não cidadãos conscientes. Um grupo que possa ser tangido porquê mancheia.

Os sinais são tão preocupantes que começa a ter um movimento, também mundial, para derrotar a extrema direita em qualquer eleição. Na eleição brasileira, foi preciso fazer um leque extenso de escora, além do PT, partido do portanto candidato Lula, para derrotar o cancro bolsonarista.
Foi um sinal para o mundo. Para vedar o progressão perigoso desses extremistas, é necessário estratégia política. O aviso era simples: vale a pena conceber até com uma direita civilizada – sim, ela existe-para alongar a chance de permitir que os métodos que se aproximam do fascismo dominem o mundo.

Recentemente, a França
deu indicativo de maturidade política e, para impedir a ingresso da extrema direita no poder, fez um perigoso e ousado jogo político que surtiu efeito. Os fascistas já comemoravam a chegada ao governo quando o Parlamento foi dissolvido e novas eleições foram convocadas. A parcela mais jovem da população foi expressivamente às urnas. Vários candidatos retiraram suas candidaturas para apoiarem outros com mais chance- um tanto vasqueiro de se ver na política- e um surpreendente leque se formou para impor uma rota significativa aos radicais de direita.

E agora, ainda que por motivos não completamente claros, o mundo foi surpreendido com a epístola do Presidente dos EUA, Joe Biden,
anunciando a  retirada da sua candidatura à reeleição
e o escora à sua vice, Kamala Harris,
na disputa da Moradia Branca.

Sei que ela é muito conservadora e claramente punitivista. Foi uma promotora dura, mais dura com os menos favorecidos. Teve um papel questionável no controle da imigração na fronteira com o México e se portou muito mal no massacre na Palestina. Mas o que mais importa agora é barrar a eleição de Donald Trump.
E vê-lo ser derrotado por uma mulher, negra, filha de uma indiana e de um jamaicano, não tem preço. A Democracia agradece.

Com sua habitual ironia e sagacidade, o velho Winston Churchill disse: “A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”.

Antônio Carlos de Almeida Castro, kakay

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios