
Votação polêmica no Parlamento da França gera acusações de fraude
(18 jul) A deputada Yaël Braun-Pivet é reeleita presidente da Reunião Vernáculo
Bertrand GUAY
Uma votação turbulenta no Parlamento da França resultou nesta sexta-feira (19) em acusações de manipulação das cédulas e de fraude, feitas por políticos de esquerda e direita.
Depois duas horas e meia de uma votação polêmica para escolher os vice-presidentes da Reunião Vernáculo, descobriu-se que as urnas continham dez envelopes a mais do que o número de eleitores possíveis.
A presidente reeleita da câmara baixa do Parlamento galicismo, Yaël Braun-Pivet, do partido centrista Renascimento – liderado pelo presidente Emmanuel Macron – determinou a repetição da votação, o que levou os deputados a exigirem uma investigação.
Ao final, os seis vice-presidentes foram eleitos, em seguida uma novidade votação em dois turnos. O partido de extrema direita Reagrupamento Vernáculo (RN), de Marine le Pen, não conseguiu manter seus dois candidatos em seus postos, que foram para dois parlamentares do partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI), uma deputada do grupo de centro-direita Horizontes, o coligado de Macron e ministro da Indústria, Roland Lescure, e dois parlamentares dos Republicanos (LR).
As eleições legislativas deixaram uma câmera fragmentada, em que a associação esquerdista Novidade Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar, com 193 deputados, mas longe da maioria absoluta, de 289 cadeiras. Esse grupo frágil, formado por socialistas, comunistas, verdes e a LFI, quer comandar o governo, mas os diferentes partidos ainda não chegaram a entendimento sobre um provável candidato a primeiro-ministro.
A associação de centro-direita de Macron conta com 164 cadeiras, e o RN tem 143.