Milei denuncia 'corridas cambiais' contra seu governo e acusa FMI de ter 'más intenções'

O presidente da Argentina, Javier Milei, denunciou tentativas de “corridas cambiais” contra seu governo nesta semana e voltou a criticar o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, acusando-o de beneficiar a gestão anterior e de ter “más intenções” com o país.

— Ele tem más intenções em relação à Argentina. Ele não quer o muito para o país. Ele foi contemplativo com o governo anterior e não conosco, que somos exemplo de esforço fiscal. Ele tem outra agenda — disse Milei em conversa com um ducto de streaming, referindo-se a Valdés.

As declarações de Milei levaram à mediação de Alejandro Fantino, que rapidamente perguntou se suas palavras poderiam impactar as negociações com o Fundo. Ao responder, o presidente prateado afirmou que a “a verdade precisa ser conhecida”.

— Ele não é meu encarregado; meu encarregado é o povo prateado. É uma decisão do FMI, quem sabe porque o FMI nos coloca num Renda de São Paulo lá. Nós superamos tudo, e o dia todo eles ficam nos dando mais. O FMI tinha um conjunto de metas; definimos metas mais fortes e superamos as nossas — concluiu o presidente.

‘Tentaram sabotar o governo e correu mal’

Em outro momento da conversa, o presidente voltou a denunciar uma tentativa de “corrida cambial” nesta semana pelo Banco Macro. De combinação com ele, houve uma reunião na manhã de segunda-feira entre o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo e o presidente do Banco Medial, Santiago Bausili com os bancos, inclusive do Banco Macro, e “enquanto estavam lá, executaram as opções de venda às 10h30, sozinhos”.

—É porquê uma corrida de 2 milénio árvores de palo verdejante em um dia. O banco nos fez enfrentar uma corrida. É um banco com uma inclinação política. Eles estão angustiados porque tentaram sabotar o governo e se deram mal, — afirmou o presidente.

Milei citou ainda uma segunda tentativa de “corrida cambial” e criticou o ex-conselheiro econômico Teodoro “Teddy” Karagozian, que foi exonerado em seguida questionar a gestão da economia e negar que tenha realmente gerado queda nos gastos públicos, além de falar em dólar “retardado”.

— Esta semana tentaram exaltar o dólar para $1.800 pesos. Por isso apareceu o ‘ursinho traidor’ tentando fabricar confusão para que o dólar subisse — afirmou o presidente, referindo-se ao ex-CEO da TN&Platex — Em duas semanas tivemos dois ataques e vencemos os dois. O ‘descrito com liqui’ está a $1300 pesos argentinos.

‘Melhor ministro da Economia da história’

Nesta sexta-feira, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, confirmou que o governo retirou o ouro das reservas do banco médio e o enviou ao exterior. Sem mencionar o sorte e a quantidade, Caputo disse, em entrevista ao La Nacion+, que isso era positivo pois qualquer retorno pode ser tirado do ouro.

Ao longo da entrevista, Milei voltou a definir Caputo porquê “o melhor ministro da Economia da história” por ter reduzido a inflação “de 17.000% anuais para 35% anuais” e destacou a “ordem macroeconômica” alcançada nestes sete meses de gestão. O encarregado do Poder Executivo também apoiou a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello.

Enquanto isso, Milei descreveu o encarregado da Mansão Social, Guillermo Francos, porquê “sua voz” dentro do Executivo. Questionado sobre porquê permaneceu a relação com o ex-ministro coordenador em seguida sua saída do Gabinete, Milei admitiu:

— Essas decisões têm consequências na vida. Se você tem nove anos e não marca gols, vou te varar, mesmo que você seja meu companheiro.

O presidente prateado descartou qualquer tipo de tensão com o ex-presidente da Argentina Mauricio Macri, em seguida circularem versões sobre um provável desconforto do líder do PRO por ter se sentido relegado no Pacto de Maio.

Por término, Milei referiu-se à polêmica desencadeada nas últimas horas em seguida a visitante da secretária-geral da Presidência, Karina Milei, ao legado francesismo em Buenos Aires, Romain Nadal, onde pediu desculpas pelas declarações da vice-presidente Victoria Villarruel, que chamou a potência europeia de “país colonialista”.

— Não foi um tweet feliz, porque as questões esportivas não podem estar envolvidas em questões diplomáticas. É isso, Kari consertou.

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